domingo, 18 de setembro de 2011

Afinal, quem tinha razão?!




Quando, há mais ou menos um ano, aqui abordei  a difícil situação do politécnico tomarense, tendo em conta o fraca percentagem de alunos candidatos na primeira fase, foi o cabo dos trabalhos. Choveram as tretas do costume: "Não sabe o que está dizer; é só má-língua; está mas é a ver se consegue um lugarzito; está ressabiado". Tudo porque afirmara ser a população escolar do IPT "o refugo do refugo", segundo a opinião dos próprios alunos, que nessa designação englobavam igualmente professores. Não todos, mas professores.
Aguentei os usuais dislates e calúnias, todos provenientes de mentalidades que nada têm a ver com a realidade, limitando-se a usar frases feitas, em geral arremessadas por autarcas e respectivos adeptos, vítimas dos óculos partidários.
Passou um ano escolar e aí temos o resultado da 1ª fase das novas candidaturas ao ensino superior. Os três recortes supra são do DIÁRIO DE NOTÍCIAS de hoje e praticamente não deixam margem para dúvidas. Tomar é notícia pelas piores razões. Os alunos não querem vir para cá, o que só acontece por assim dizer quando não têm outras alternativas. Como dizia o outro, as mesmas causas, nas mesmas condições exteriores, produzem sempre os mesmos efeitos. E as condições exteriores são péssimas. "O custo de vida é elevado, a população antipática, a comida má e cara, os cursos beras, muitos colegas escarafunchosos e os professores quase todos rascas." Acabo de citar opiniões ouvidas a alunos, questionados durante o ano escolar anterior.
Perante semelhante fracasso, o director-geral do ensino superior, citado pelo DN, foi naturalmente diplomata: "Há instituições cuja oferta é manifestamente excessiva para a região em que se inserem." Porém, o que ele pretende é simples e por assim dizer inevitável: especialização > fusão > subordinação > extinção. Por outras palavras e procurando poupar tinta, que o assunto não merece mais: Parafraseando a esquerda de 1975 -IPT, Hospital, Autarquia, Eleitos e Eleitores tomarenses, mesmo dilema -Ou mudam ou morrem. Mais cedo ou mais tarde. Mas tão certo como eu chamar-me António. 
Ainda não chegámos à Madeira, mas vamos muito bem encaminhados. O que nem admira, porquanto não por mero acaso o feudo jardinista até tem a Cruz de Cristo na bandeira, tal como Tomar, no estandarte e no tecto do Salão Nobre dos Paços do Concelho. As mesmas causas... ou então "Cesteiro que faz um cesto..."

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