Considerações ilustradas de fim de semana

Se gosta de paisagens bucólicas outonais, quando passar na Ponte Velha aproveite. Dentro de pouco tempo acabou-se. Pelo menos os dois choupos mais à direita já têm a sentença lida. Só falta a execução. Vão abaixo porque as raízes estão a danificar as fundações dos lagares.

Por falar em lagares, estamos como dizem os comerciantes, referindo o dinheiro em caixa -Dantes havia, agora devia haver mas não há. Tal como em Coimbra, mas a outro nível, o aluguer de quartos  é a nova e florescente indústria tomarense. Com a antes assinalada diferença de nível. Em Coimbra sabem que se deve dizer e/ou escrever "Quartos alugam-se", por causa de um detalhe chamado concordância em número.

Outro aspecto muito tomarense. A foto foi obtida ontem. Este verão, não é? Bem  cantava o Variações: "É prámanhã!..." E até pode acontecer como tem sucedido com os projectos políticos para a urbe -Todos têm mas nunca ninguém teve ainda ocasião de ler um...

Claro que não é assim que se escreve em conformidade com o dicionário. Mas também não há erro ortográfico, se considerarmos que a grafia mais não é que uma transcrição fonética daquilo que pronunciamos. E se o autor diz assim, que lhe havemos de fazer?

Há também uma outra explicação que faz todo o sentido: Tendo ouvido dezenas de vezes a magnífica promoção publicitária levada a cabo tanto pelo Turismo de Lisboa e Vale do Tejo como pelo Turismo Municipal, sempre com o mote "TOMAR GRANDE ESTÂNCIA TURÍSTICA" (Quando e como é que ainda ninguém sabe...) o escrevente terá deduzido, de resto com toda a coerência, que numa estância turística não convém estancionar em qualquer lado.

E quem disse aos senhores da RêTêPê para avançarem com a "Têvê Rural", com os inefáveis Quim Roscas e Zeca Estancionâncio? Se calhar nunca ninguém lhes ensinou que a asneira é mais contagiosa do que o sarampo...