sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Alambor, Assembleia Municipal e Funerais políticos






Começo pelas boas notícias, aquelas que vão reforçando a vontade de continuar. A petição pró-alambor já ultrapassa os 2100 signatários. O signatário 2105 - Raul Fernandes Berenguel, que não tenho o gosto de conhecer, é claro e conciso: "Uma aberração inacreditável. Vi e testemunho o que se passa em Tomar."
Esta manhã, por volta das 11 horas, estive uma vez mais no local, tendo constatado duas coisas: 1 - As obras  estão paradas, como mostram as fotos. Há apenas actividade por parte de um subempreiteiro na edificação da futura cafetaria, na Cerrada dos Cães. Mas só até quinta-feira próxima, caso não venha mais dinheiro. 2 - São grandes os embaraços, tanto para os turistas como para os motoristas, como também se vê nas fotos, apesar de já não estarmos na época alta.
Feito assim o "trabalho de casa", pouco antes das três fui até aos Paços do Concelho para assistir à reunião da Assembleia Municipal, conforme tinha prometido no post "É uma vergonha e não me posso calar". Na sequência da sua leitura, deputados municipais contactaram-me a título pessoal, no sentido de saberem qual era a minha posição na questão do alambor. Dê-lhes o documento abaixo, que veio a servir de matriz para a moção que subscreveram e apresentaram na mesa da Assembleia.


Logo a abrir a sessão, à qual não compareceu o presidente, retido em Lisboa por urgentes assuntos governamentais, o secretário José Pereira (PS) foi claro e agreste. Após ter admitido algum nervosismo ambiente, na enumeração das propostas, quando chegou à H, distraiu-se e deixou escapar uma curiosa frase: "Proposta H, sobre o famigerado alambor." Os socialistas, obrigados pela coligação alimentar ou ganha-pão, iam portanto votar contra. E assim sucedeu. Chegado o momento, os coligados PSD/PS votaram contra e todos os outros a favor, sendo a moção rejeitada. Ou seja, com ou sem declarações de voto, José Vitorino, Luís Ferreira, Anabela Freitas e tuti quanti, são a favor daquela monstruosidade que estão a fazer lá em cima junto ao Convento e ao Castelo, e cuja acção de protesto já mobiliza mais de dois milhares de cidadãos a nível nacional.
Transitórios e aparentes vencedores, nem se dão conta do buraco onde se acabam de enfiar. Porque afinal, o melhor para todos era mesmo o voto favorável da moção. Uma vez que a relativa maioria laranja nem sequer cumpre as leis do país, quando tal lhe dá jeito (tenho provas disso, que posso apresentar onde convier), também não ia cumprir o determinado na moção. E assim teriam ficado todos muito felizes na fotografia. Não quiseram, por evidente casmurrice, agora não se queixem. Mas é muito provável que -mesmo sem querer- quase todos tenham assinado a sua própria certidão de óbito político, a partir das autárquicas de 2013. A nova realidade não perdoa aselhices crassas. Como veremos no próximo texto. Até lá!

2 comentários:

Virgílio Lopes disse...

PARA MEMÓRIA FUTURA :

Como votou Hugo Cristóvão ?

E se Miguel Relvas,o "sentimentalista", estivesse presente,alguém duvida que também votaria contra ?

Unknown disse...

Hugo Cristóvão esteve ausente, por razões profissionais, conforme explicou em alguresaqui.blogspot.com, tendo sido substituído.
Quanto a Miguel Relvas, é sempre muito problemático e condenável fazer juízos de valor a partir de meras suputações. Chama-se a isso "processo de intenções", tendo sido muito praticado por um político chamado José Estaline, carrasco de dezenas de milhões de vítimas inocentes porque, segundo dizia "se não fizeram, tinham a intenção de fazer". Outro tanto fez Adolfo Hítler em relação aos judeus e outros.