domingo, 11 de setembro de 2011

É MELHOR NÃO DEITAREM JÁ FOGUETES...

Foto colhida ontem, 10 de Novembro, por detrás da primeira secção do muro de betão, no sentido noroeste/sudeste, vendo-se a parte superior do talude e o resto, na sua extremidade esquerda. Corvêlo de Sousa já garantiu uma série de vezes que apenas destruíram "meio metro quadrado do alambor ; estamos a falar de seis ou sete pedras". Esta fotografia prova o contrário. Desde a primeira escavação com a pá mecânica que o operador foi destruindo alambor, julgando estar apenas a demolir um muro da primeira metade do século passado. Por ignorância, uma vez que o projecto era omisso sobre a  questão. Daí resultou que 25 a 30 metros quadrados da velha sapata templária, agora pomposamente designada por alambor, foram parar a um reles monte de pedras, umas centenas de metros mais para poente. Outro tanto aconteceu ao esgoto encontrado, que ninguém cuidou de saber de onde provinha. Detruíu-se e pronto.

Rescaldo da mini-concentração

As múmias políticas locais e a generalidade das abóboras bípedes nabantinas terão ficado extremamente contentes com o aparente malogro da projectada concentração para defesa e requalificação do alambor. É melhor não começarem já a deitar foguetes e voltarem a ler o post "Agradecimento aos tomarenses". O que lá se escreve é que a dita manifestação "foi um fracasso em termos numéricos". Isto porque, havendo pouquíssimos participantes, a esmagadora maioria era de grande qualidade, como se passa a demonstrar. Além dos jornalistas do costume, que estavam lá todos, menos a correspondente d'O MIRANTE por razões conhecidas, marcaram presença Jorge Neves, ex-presidente da Comissão Regional de Turismo, cabeça de lista dos IpT para Assembleia Municipal e deputado Municipal; António Carlos Godinho, professor, historiador e cabeça de lista do BE nas últimas autárquica, acompanhado por outro deputado municipal do BE, João M. Oliveira Baptista, ex-director fabril da Caima, Hugo Cristóvão, ex-presidente do PS local e deputado municipal, que faltou ao congresso do PS para estar presente, o que merece ser destacado; Ernesto Alves Jana, historiador e investigador, que veio de propósito a Tomar; Lídia Lopes Rebelo, professora aposentada, que não costuma meter-se nestas andanças, mas desta vez fez questão de estar presente; o conhecido artista nabantino, ex-vereador e fundador do PPD/PSD tomarense, Tó Carvalho; o habitual comentador de Tomar a dianteira, Cantoneiro da Borda da Estrada, que veio de propósito de Lisboa, dois advogados locais, até agora arredados da política tomarense; um estudante universitário e ex-colaborador do programa Olhar Tomar. E naturalmente a primeira signatária da petição para salvar o alambor, Margarida Pardal. Posteriormente, várias outras personalidades telefonaram a justificar a sua ausência, com destaque para o ex-director do Convento de Cristo, Luís Maria Pedrosa do Santos Graça, que à mesma hora estava no Hospital de Tomar, prestando assistência a um ente querido.
Como podem ver os costumeiros eleitores manhosos, que procuram sempre estar de bem com Deus e com o  diabo em simultâneo, fomos poucos a dar a cara e o peito às balas, mas verificou-se uma excelente densidade de diplomas universitários e outras competências por metro quadrado. E isso é que conta. Porque não havendo lugares bem remunerados nem outras mordomias para distribuir, (como por exemplo febras, feijoada, passeatas, bailaricos, tintol), os que lá estivemos, incluindo os jornalistas, com destaque para António Freitas, que também veio de Lisboa propositadamente, agimos por genuíno amor à verdade, a Tomar, ao seu património e à sua dignidade.
Tendo em conta tudo isto e mais uns detalhes que vão constar do post seguinte, se calhar o melhor para os calhordas locais é não começarem já a deitar foguetes, que a festa ainda nem sequer começou... e 2013 é já na próxima curva, por assim dizer.

2 comentários:

Anónimo disse...

A "Manif" junto ao Alambor não foi um fracasso.

É verdade que a participação não foi da "Lamarosa".

Como eu tenho experiência de manifestações e comícios de "meia dúzia de gatos pingados"!

Um dia, após o 25 de Abril de 74, desci a Av. da Liberdade numa manifestação, que a princípio tinha 40 pessoas e chegou a S. Bento com cerca de 150. Arrepia. Mas a imprensa acompanhou-nos de princípio ao fim. À noite, no Telejornal, parecíamos milhares.... Treze meses depois daquela Madrugada o poder instituído na altura assaltava, à traição, durante a noite, as sedes do partido em que militava e prenderam 432 militantes, Secretário Geral incluído, a maior parte despejada em Caxias, de onde tinham sido libertados os presos políticos. "Reinava" já, diziam os ocupantes das velhas cadeiras do poder do Estado Novo, a Democracia...

A Democracia triufou sobre os anti-democratas e golpistas

Foi um sucesso a "Manif" do dia 10/9 junto ao Alambor.

Estava lá a imprensa local toda, até o diretor de um dos órgãos.

A sua presença tornou aquele evento numa Vitória. Só eles sabem porque lá quiseram estar em conjunto com câmaras de filmar, microfones e gravadores. e porque não estava mais gente, nomeadamente, de entre os subscritores da Petição... Só eles sabem. Bem.

Uma lição que vão estudar. E que o façam em conjunto e não se intimidem perante as ilações. As suas responsabilidades não podem ser condicionadas... - eles sabem do que estou a falar...

A imprensa tomarense vai cumprir a sua missão. Foi a convicção com que saí. Com paciência e calmaria.
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P.S.: Não resisto a uma nota negativa.
Porque carga de água é que a Organizadora da manifestação, Dra. Margarida Pardal, assim que começou a sessão propriamente dita, se afastou para um local distante cerca de 60 metros em cavaqueira com uma ou duas pessoas, aí se manteve até ao final, inclusivamente das despedidas informais, como se não tivesse nada a ver com o que se estava ali a passar? Atendendo à hora, era conversa sobre culinária ou sobre quê?

Ou esquivou-se a alguma chapa fotográfica num enquadramento humano nada excepcional?
(Porque é que eu tenho este mau feitio?)

MP disse...

Senhor Cantoneiro,

V. Exa. não tem mau feitio, aquilo que V. Exa. tem, é falta de carácter.
Estando lá V. Exa., e estando lá eu presente, poderia a todo o tempo tirar a sua dúvida de culinária e digestão.

Sessão propriamente dita?!
Não percebo a que 60m de afastamento se refere! Mantive-me a todo o tempo no local dos factos.

«Ou esquivou-se a alguma chapa fotográfica num enquadramento humano nada excepcional?»
Honni soit qui mal y pense.
Não inverta as posições.
Para mim, bastava que apenas uma pessoa tivesse lá estado, de forma plena e sentida, para que tivesse valido a pena.

Este seu tipo de comentário, tão ao jeito agitprop.
Em Tomar corriam vários tipos de rumores:
- elementos infiltrados de extrema-direita no Protesto;
- elementos infiltrados de extrema-esquerda no Protesto;
- 13h era hora de almoço.

É muito possível que existam elementos infiltrados; ainda não se conseguiu inventar um aparelho que detecte traídores, nem tão pouco prevejo que o venham a conseguir.
Já as 13h, se entre os que estiveram presentes, e os que estiveram ausentes, essa questão apoquentou: a hora de almoço, está bem patente e visível a razão do porquê de ser às 13h -
é assim que se vê a Fibra das pessoas, aquelas a quem a hora de almoço é bem menos importante, do que a Defesa de Património Histórico Imemorial.

Não voltarei a responder a comentários seus. Quem assina e 'desassina', quem está presente numa Acção de Protesto Silencioso, onde qualquer "dúvida sua" poderia ter sido 'tirada' cara a cara, não o fazendo, e de seguida a verter aqui em jeito de comentário de cozinha e Necessárias.