segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Visite Tomar -A cidade que mete nojo!







Estas fotos, colhidas ontem, mostram aspectos do Nabão em plena cidade. Mesmo em frente do Hotel dos Templários, que paga os seus elevados encargos fiscais para que as entidades públicas cumpram as suas obrigações. É o cumpres! Dá muito trabalho e trabalhar cansa!
Mais vale organizar de tempos a tempos uns eventos espampanantes, uns passeios à borliú, uns comes e bebes, uns bailaricos; que a maralha cala-se e vota como deve de ser quando chegar a altura, pensam os nossos queridos eleitos. E se estivessem enganados? É certo que o relativo fracasso quantitativo da concentração em defesa do alambor, veio dar um grande alento aos autarcas que temos. Mas não nos iludamos. Lá por não quererem dar nas vistas, por razões que todos conhecemos, isso pode muito bem não significar que, na altura de pôr a cruz no papel, façam com tem sido costume. O voto até é secreto. Quando chegar a altura, logo veremos. Por agora temos apenas a recordação da maioria absoluta de António Paiva, o que não impediu que a meio mandato já não se encontrasse praticamengte ninguém que nele tivesse votado. Feitios, diria o Solnado.
Certo, certo é que, além da imundície no rio, a sede da Assembleia Municipal está cada vez mais leprosa, as ruas são autênticos mostruários de porcaria, nomeadamente de pastéis de cão, e os espaços verdes até já são cuidados por empresas privadas, tal como acontece com os dois parques de estacionamento cobertos. Como se tudo isto não fosse já demasiado, o passivo do Município subiu para 64 milhões de euros e a dívida a fornecedores é já de 36 milhões de euros. Consequência deste estado de coisas e da época que atravessamos, para obter um empréstimo global ligeiramente superior a 1 milhão de euros, a autarquia solicitou 13 instituições bancárias da praça. Só responderam favoravelmente duas. Uma a  8,34% + alcavalas, a outra a 9,23% + alcavalas. Com juros desta ordem e o mais que aí vem, quanto tempo vai ainda durar o actual executivo? Quantos dos sete magníficos se sentem ainda à altura dos cargos que ocupam e alguns até desempenham? 
É no fundo o velho dilema "shaquespeariano", também designado por "hamletiano" - To be, or not to be... a que convirá contrapor a nossa conterrânea de há quase cinco séculos, a célebre e sensata (para a época) Inês Pereira: Mais quero asno que me leve, a cavalo que me derrube. Por estas bandas ainda continuará a ser melhor assim? Ou com asnos já não alcançamos lado algum? Cruel questão para muitos calhordas locais, as tais abóboras bípedes.

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