quinta-feira, 22 de setembro de 2011

É uma vergonha e não me posso calar!



Apesar do fracasso numérico da concentração junto ao alambor, a petição pública para a sua salvaguarda e requalificação já ultrapassa as 1.900 assinaturas, conforme podem confirmar aqui. É uma vergonha para todos nós, os que vivemos à sombra do castelo templário, que tenham de ser os que vivem longe a defender o que é nosso, sem a nossa participação. Nem para nos defendermos servimos! Por isso, não me posso calar!
Apareceu o alambor, destruíram-lhe uma parte, houve uma modesta concentração, há uma petição com perto de duas mil assinaturas, mas apesar de tudo isso, as obras continuam tal como estava previsto. Há apenas aquele troço de paredão que (por enquanto?) ainda não foi levantado.
Inversamente, contrariando o princípio segundo o qual coisas iguais devem ter tratamento igual, como bem notou o autarca Hugo Cristóvão, apareceram equipamentos vários, pertencentes aos antigos lagares, no lugar onde se previa a recepção e serviços técnicos, o que provocou imediatamente, e bem! a paragem das obras e a revisão do projecto. Porquê? Não se trata de património histórico em ambos os casos? O achado dos lagares é mais importante que o alambor templário? Então basearam-se em quê, para continuar a edificar o paredão? Deixaram aquele espaço e prometem requalificar o alambor, só para ver se as pessoas se calam?
Na próxima sexta-feira, dia 30, há Assembleia Municipal, a partir da 15 horas, nos Paços do Concelho. Da ordem de trabalhos publicitada, não consta qualquer ponto reservado à intervenção dos cidadãos. Ainda assim lá estarei, bem acompanhado ou sozinho, mas em paz com a minha consciência, para solicitar que aquele órgão vote uma recomendação ao executivo, da qual conste o abandono do paredão já concluído, a sua demolição imediata e o ligeiro afastamento da estrada para norte, mediante prévia alteração do projecto, naturalmente submetida à discussão pública.
Quem concordar com estes objectivos, fará o favor de comparecer para me apoiar, se assim o entender. De qualquer maneira, tenciono intervir, com ou sem apoio, nomeadamente porque, como sempre, mais vale só que mal acompanhado. Todos os habituais ausentes destas coisas têm uma excelente desculpa: "estava a trabalhar". O que deve entender-se como "estava no emprego sem fazer nenhum, mas faltou-me a coragem e a frontalidade". Não me venham é dizer depois, com aquele característico ar seráfico, que ninguém avisou.
Se deseja mesmo apoiar esta minha iniciativa em prol do património tomarense e universal, mande um mail para a.frrebelo@gmail.com, dizendo "Estarei presente com muito gosto, porque Tomar merece gente com dignidade". Obrigado!

3 comentários:

HC disse...

Caro prof. Rebelo e leitores,

apenas como informação cívica, dizer que em todas as reuniões ordinárias da Assembleia Municipal, o último ponto está reservado para intervenção do público.

Infelizmente, raramente aparece alguém. Como exemplo, nestes já quase 2 anos de mandato só aconteceu uma vez.

os melhores cumprimentos

FUNICULIN disse...

O autor deste blogue escreveu o seguinte:

“Na próxima sexta-feira, dia 30, há Assembleia Municipal, a partir da 15 horas, nos Paços do Concelho. Da ordem de trabalhos publicitada, não consta qualquer ponto reservado à intervenção dos cidadãos.”

Hugo Cristóvão em resposta a autor do blogue escreveu:

“Caro prof. Rebelo e leitores, apenas como informação cívica, dizer que em todas as reuniões ordinárias da Assembleia Municipal, o último ponto está reservado para intervenção do público.”

Pela nossa parte fomos verificar o que dizem dois dos jornais locais:

Quer O Templário na pág. 39, quer o Cidade de Tomar na pág. 26 no último ponto foca que ”terão discussão conjunta (Grelha C de Tempos a que se refere o nº 4 artigo 35º do Regimento da A.M.”

Assim o autor deste Blogue que é sempre má-língua, será que não tem razão no que escreveu?

Onde está o ponto reservado à intervenção dos cidadãos? Estará na mente de quem? Mas escrito não está, ou será falta de espaço dos dois jornais? Mas que grande coincidência.

FUNICULIN disse...

O autor deste blogue escreveu o seguinte:

“Na próxima sexta-feira, dia 30, há Assembleia Municipal, a partir da 15 horas, nos Paços do Concelho. Da ordem de trabalhos publicitada, não consta qualquer ponto reservado à intervenção dos cidadãos.”

Hugo Cristóvão em resposta a autor do blogue escreveu:

“Caro prof. Rebelo e leitores, apenas como informação cívica, dizer que em todas as reuniões ordinárias da Assembleia Municipal, o último ponto está reservado para intervenção do público.”

Pela nossa parte fomos verificar o que dizem dois dos jornais locais:

Quer O Templário na pág. 39, quer o Cidade de Tomar na pág. 26 no último ponto foca que ”terão discussão conjunta (Grelha C de Tempos a que se refere o nº 4 artigo 35º do Regimento da A.M.”

Assim o autor deste Blogue que é sempre má-língua, será que não tem razão no que escreveu?

Onde está o ponto reservado à intervenção dos cidadãos? Estará na mente de quem? Mas escrito não está, ou será falta de espaço dos dois jornais? Mas que grande coincidência.