Aspecto da assistência durante a perlenga da senhora arqueóloga.
A maqueta do arranjo arquitectónico, quando ainda se pensava que haveria dinheiro para uma ponte coberta, estilo japonês, para ligar ao parque de estacionamento na margem nascente.
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O vereador Luís Ferreira, sempre preparado para a batalha contra os incêndios, as inundações, os tornados ou que vier a acontecer no âmbito do seu pelouro. |
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Outro aspecto da assistência, enquanto falava a senhora arqueóloga. |
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O presidente Corvelo de Sousa e o arquitecto Chuva Gomes, autor do projecto de requalificação. |
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Aspecto das escavações no antigo lagar situado entre a actual central eléctrica e o ex-refeitório da Mendes Godinho.
Interessado em ver de perto as atribuladas obras da Levada, falei com o presidente Corvêlo de Sousa, que me indicou a visita organizada para comemorar o Dia Europeu do Património. Vi o programa, pareceu-me adequado, inscrevi-me. Pensei para comigo -10H30/Meio-dia é bastante equilibrado. 10/15 minutos para a apresentação, 5/10 minutos para o percurso, 15 minutos para as escavações, 30 minutos para o restante mais o percurso até às moagens, 30 minutos para estas, incluindo a subida ao terraço, conforme anunciado. Como diria certo treinador de futebol -"São muitos anos a virar frangos!" Infelizmente, cedo verifiquei que a senhora encarregada de guiar a visita, sendo decerto uma excelente arqueóloga e dotada de grande facilidade de expressão, parece ser outrossim um puro produto da área de letras e ciências sociais das universidades portuguesas. Gosta de se ouvir falar, sabendo tanto de visitas guiadas como eu de regência de orquestras. Só após mais de meia hora de conversa é que lá resolveu finalmente começar pelo princípio, para citar o senhor de Lapalisse. Explicou a maqueta. Entretanto já um ou outro ouvinte tinha calçado os patins. Seguimos então para os lagares, tendo começado por aquele onde agora se fazem escavações. Segundo o arquitecto responsável pelo projecto, estas deveriam ter sido feitas previamente e em toda a área, mas a autarquia alegou não ter dinheiro para esse efeito. Visivelmente encantada com o "achado", que na sua opinião tem uma importância não só nacional como internacional, a senhora arqueóloga foi dissertando, tal como se estivesse numa aula universitária falando para os seus alunos. Olhei para o relógio. Era meio-dia e dez e ainda não tínhamos passado primeiro lagar. Por este caminho, nem às duas da tarde estamos despachados, pensei eu. Decidi Abandonar o ilustre grupo. Quando passava próximo de Corvêlo de Sousa, perguntou-me se me ia embora. Não lhe respondi à minha vontade, pois teria sido menos agradável e neste caso ele não tinha culpa. Fora apenas mais uma oportunidade perdida. Ou estou redondamente enganado ou o pretenso "Museu da Levada" vai conhecer as mesmas trapalhadas do "Hotel de charme de pelo menos quatro estrelas e 60 quartos". Na próxima crónica tenciono explicar em que me baseio para fazer tal afirmação. Até lá! |
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