quarta-feira, 7 de setembro de 2011

PSD NABANTINO: CHEGOU A HORA DA VERDADE

Acontece a todos. Homens e instituições. A dada altura chega a hora da verdade. Ou sim ou sopas, ou cuco ou mocho, ou agora ou nunca. Entalado entre os seus problemas de um lado e a parede da realidade do outro, o PSD local tem de decidir. Mas decidir mesmo. Chega de fazer de conta. De fazer como se...
Dois são os berbicachos laranja a exigir solução quanto antes -a sucessão de Corvêlo de Sousa e a questão do alambor. Por esta ordem, ou pela inversa. 
Começo pela próxima e inevitável mudança de alcaide, confirmada a Tomar a dianteira por fontes credíveis. Só se algum dos intervenientes decidisse "roer a corda", devido às extremamente adversas condições actuais, é que não haveria substituição de titular nos Paços do Concelho.
Confrontadas com os múltiplos inconvenientes da opção escolhida, designadamente a pessoa do substituto -cidadão exemplar, mas político extremamente limitado, como de resto já começam a denotar os comentários entretanto chegados a este blogue, alguns dos quais enviados para o lixo por uma questão de decência- as nossas fontes apenas conseguiram alinhar uma justificação para a recusa de convocar uma eleição intercalar. Segundo afirmaram, tal não é possível dado que, mesmo renunciando todos os eleitos laranja do executivo, ainda restaria uma maioria de 4 em 7, composta por 2PS + 2IpT. Sendo verdade, trata-se de uma hipótese sem qualquer viabilidade. Alguém está a ver aqueles quatro a governar em conjunto, sobretudo no contexto actual de extrema penúria, em que o pior ainda está para vir? Claro que não! Trata-se apenas de um argumento inconsistente, a mostrar o desconforto que grassa nas hostes social-democratas tomarenses. E todavia...
Se os laranjas nabões ousassem provocar eleições locais, só não as ganhariam folgadamente -mediante a apresentação de um projecto credível- caso se limitassem a pensar com os pés. Poderiam até matar vários coelhos com o mesmo tiro, aproveitando para eliminar cartas marcadas, refrescar equipas e mudar de rumo. Só lhes falta, por conseguinte, serenidade para reflectir e audácia para ousar. Escolher entre ser rebocado pelo futuro, ou rebocar esse mesmo futuro. O tempo nunca se compadece com hesitações. A tal hora de verdade...
O outro magno problema são as obras da envolvente ao Convento de Cristo. Torna-se cada vez mais evidente haver por ali sérias lacunas em vários sectores. A principal, porém, e a que realmente interessa, pois já provocou um escândalo de nível nacional e internacional, implicando até a vinda a Tomar de um governante, que infelizmente se limitou a debitar barbaridades, é a questão do alambor. Visivelmente ultrapassada pelos acontecimentos, a actual liderança local (que de resto praticamente não existe, aí residindo o principal óbice tomarense) continua a apalpar, a fazer que anda mas não anda. A tentar ganhar tempo, em suma.
Apesar de haver uma solução extremamente fácil e barata: Deixem o talude e o que resta do alambor em paz. Façam a estrada e o mais que entenderem, desde que não contunda com aquela zona. O que implica a obrigatória mudança do previsto parque de estacionamento para autocarros rumo a local mais adequado. Interrompam imediatamente a construção do muro de betão, porque estão simplesmente a espatifar dinheiro, que de resto não têm. Em qualquer caso, mais cedo ou mais tarde, tudo aquilo é para deitar abaixo, porque insuportável e incompatível com a dignidade daquele monumento, Património da Humanidade.
Por uma vez, tenham a coragem da humildade e submetam-se à realidade envolvente. No interesse de todos. PODEM OS TOMARENSES CONTAR PELO MENOS COM A VOSSA BOA VONTADE?

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