terça-feira, 27 de setembro de 2011

Jardinismo 1 - Tomarensismo 0

Único acesso ao Convento de Cristo - Património Mundial, para os visitantes vindos de automóvel  de autocarro, ou pela Mata. Há mais de 6 meses. E as obras não há meio de acabarem, numa clara demonstração de que o projecto inicial... As protecções de madeira do lado esquerdo da foto só foram acrescentadas aquando da estranha visita do senhor Secretário de Estado de Estado da Cultura. Que passou por ali, mas deve ter achado tudo muito natural, uma vez que declarou à imprensa não ter qualquer razão para duvidar dos responsáveis locais. Nem mais, nem menos. Com governantes assim, bem pode a cúpula governamental ir-se esforçando em prol do bem comum. Tudo isto existe, tudo isto é triste, tudo isto é o nosso fado.


Após ter sido forçado a solicitar a ajuda externa -neste caso dos cubanos do contenente- para começar a pagar a gigantesca dívida, o patusco Alberto João começou a sua campanha eleitoral como sempre vem fazendo há mais de 30 anos -inaugurando. Desfeito o encanto do homem uma vez conhecido o gigantesco buraco e as ridículos justificações apresentadas, os jornalistas cubanos lá arranjaram coragem para escrever o óbvio: o cacique funchalense nunca teve, nem tem, nem sequer imagina o que seja um programa de governo.
Infelizmente para os madeirenses, na sua esmagadora maioria analfabetos políticos, o que os leva a nele continuarem a votar, e sobretudo para nós, que vamos ter de pagar, sem termos culpa alguma, o ilustre governante, que conseguiu licenciar-se em direito no contenente, ao cabo de mais de 8 anos -por antiguidade, portanto- sempre adoptou na sua vida política o velho lema salazarento "a minha política é o trabalho". No caso devidamente adaptado para "o meu programa político são as obras". Aí está o magnífico resultado!
Em Tomar, para mal dos nossos pecados enquanto contribuintes, todos os presidentes de câmara eleitos em democracia entram na política ou pelo sótão, ou pelas janelas dos últimos andares. Foram directamente para a presidência, portanto sem qualquer prévia "tarimba política",Luís Bonet, Amândio Murta, Jerónimo Graça e Pedro Marques. Transitaram antes pela vereação António Paiva e Corvêlo de Sousa, estando Carlos Carrão na calha. Magníficos resultados igualmente à vista: uma dívida a fornecedores que até assusta, encargos bancários de arrepiar, trapalhadas com os empreiteiros e total ausência de ideias portadoras de futuro. É o jardinismo tomarense em todo o seu esplendor: O nosso programa são as obras. E que obras! Excepto as estradas, o saneamento e a ponte do Flecheiro, as outras ainda ninguém conseguiu descobrir para que servem, ou de que projecto estratégico fazem parte. Jardinismo 1 - Tomarensismo 0.

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