quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Grandes temas da semana




Numa altura em que a petição nacional, em  peticaopublicaalambor, já atingiu as 534 assinaturas (esta manhã eram 425), é agradável constatar que o grande tema dos dois semanários nabantinos é mesmo esse: a destruição de parte do alambor templário do século XII. Sobre o assunto, o prato forte será publicado amanhã de manhã, designadamente por causa das eventuais indisposições gástricas que possa vir a provocar. Veremos.
Por agora, permitam-me que recomende a leitura urgente de duas crónicas, uma em cada semanário, para evitar interpretações abusivas. No TEMPLÁRIO, a saborosa estória "Era uma vez... um Alambor", subscrita pelo historiador e investigador Ernesto Jana. Excelente no conteúdo e na forma, só destoa no formato. Como é sabido, os tomarenses são em geral algo distraídos em termos culturais, pelo que para eles um texto de mais de 50 linhas é um verdadeiro martírio. Nestas condições...
A outra peça vem na página 10 do  CIDADE DE TOMAR. Assina-a Hugo Cristóvão, membro da bancada PS na Assembleia Municipal de Tomar e ex-presidente da comissão política socialista local. Tem por título "Pedras e pedregulhos".
Ambos os autores assinaram já a petição pró-alambor, onde os nomes de tomarenses, não sendo poucos, também não dão assim grande ideia da alma templária local. Até parece que o problema só diz respeito aos que não habitam no Vale do Nabão. Seja como for, este atentado contra o património está a provocar uma nítida divisão  em dois grupos desiguais. Num,  no qual me incluo, todos os defensores do património, que acreditaram desde o início na denúncia feita em primeiro lugar neste blogue, fundamentada com factos e fotografias. São os que com verticalidade aceitaram dar a cara em prol de uma causa comum, que está para além das contingências e dos partidos -o património templário português. A nossa herança.
No outro, menos numeroso, composto por cidadãos sentados à mesa do orçamento, vai-se insistindo na tentativa de ludibriar os eleitores pagadores de impostos. O que faculta resultados curiosos, muito para além do ensaiado argumentário. Eis alguns exemplos, que serão alargados na próxima crónica: "Não houve destruição, mas uma importante descoberta..." Directora do Convento de Cristo no CIDADE DE TOMAR da passada semana.  "Apenas uma parte com cerca de meio metro quadrado foi tocada." Presidente da Câmara em O TEMPLÁRIO de 01/09/2011. "Secretário de Estado nega crime contra o património"  Público, 01/09/2011, página 23. "Ninguém previa ou poderia prever a sua existência." Presidente da Câmara, TEMPLÁRIO, 01/09/2011, página 20. "O espaço estava previamente identificado como "podendo conter vestígios de construções pré-existentes", o que obrigou a um acompanhamento constante da arqueologia nos trabalhos efectuados." Luís Ferreira, vereador PS, coligado com o PSD a nível local, blogue vamosporaqui.blogspot.com, post "O clamor do alambor templário".
Necessidade, a quanto obrigas!

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