quinta-feira, 8 de setembro de 2011

TANTA ASELHICE DÓI

No caso do recente atentado contra o património, a que tomarenses e amigos de Tomar, entre os quais o autor destas linhas, vão responder no próximo sábado, às 13 horas, concentrando-se no local de forma pacífica, os senhores autarcas que temos não estiveram à altura das circunstâncias em três vertentes distintas: 1 - Não diligenciaram no sentido de obter um projecto bem preparado e adequado ao local, nomeadamente na área arqueológica; 2 - Na ânsia de encobrir o erro cometido, não hesitaram em mentir à população  e ao membro do governo que nos visitou, que assim foi levado a proferir declarações infelizes e despropositadas; 3 - Em vez de assumirem a situação, optaram pela maledicência em relação a todos os que procuram honrar as suas obrigações de cidadania, protestando contra o evidente desmazelo do eleitos.
Já depois de tão lamentável série de dislates, ocorreu um brutal acidente de viação, do qual resultou a morte de dois jovens tomarenses, um deles excelente dirigente associativo, amparo de família e colaborador da autarquia nabantina no âmbito do programa "Olhar Tomar", ultimamente muito falado pelas piores razões. Perante tudo isto, tiveram os senhores autarcas ou os seus dilectos auxiliares uma atitude solidária? Uma palavra de conforto? Pensaram ao menos em patrocinar uma festa de homenagem, para conseguir fundos de que a família ora destroçada tanto carece?  Não senhor! Nem sequer compareceram no funeral ou se  dignaram apresentar as condolências à familia enlutada, como manda a boa educação e exige a solidariedade humana entre conterrâneos. 
Triste gente! Com semelhante elenco autárquico, Tomar e os tomarenses não precisam de arranjar mais inimigos. Os actuais eleitos do executivo e respectivos servidores (salvo uma ou outra excepção, como é evidente), desempenham muito bem esse papel. Por isso, estiveram bem os cerca de 50 jovens que ontem se juntaram em protesto, sentados nos degraus dos Paços do Concelho. Noutra terra seriam provavelmente mais numerosos, mas somos como somos e estamos como estamos. 

1 comentário:

João Gomes disse...

Corvêlo de Sousa disse que foram destruídas apenas 4 ou 5 pedras do alambor; quem quiser verificar com os próprios olhos a despudorada mentira dessa afirmação, faça o favor de no próximo sábado ir ao local e avaliar o que lá está.
Isto não pode deixar de nos provocar uma reflexão: como é que uma pessoa que, antes de exercer o múnus de Presidente da Câmara, era tida como séria e honesta, vem proferir imposturas deste teor?
Como é que um indivíduo que goza da imagem de ter bom carácter leva o Secretário de Estado da Cultura a cair num embuste e numa armadilha, impedindo Francisco José Viegas de ver directamente e com proximidade a porção enorme de alambor destruído e o que dele resta, bem como o paredão da vergonha que ali estão a construir (recorde-se que o governante foi manhosamente conduzido pelo percurso normal de acesso ao Convento, apenas lhe tendo sido possível vislumbrar do alto e ao longe os restos da sapata e o muro de betão)?
Assim se vê o que a política pode fazer à personalidade de alguns políticos, mormente os que ascendem ao poder.