A duríssima política do governo, entalado entre as ordens da troika e as confrarias de instalados, já deram para perceber, e até para confirmar, que desta vez é mesmo a sério -ou mudamos de vida ou caminhamos a passos largos para a miséria. A todos os que falam de roubos, políticas patrióticas e soluções mais favoráveis para o povo e para os trabalhadores, convém perguntar-lhes -que soluções? com que recursos? fornecidos por quem?
Até o folclórico e ultragastador Alberto João, apesar de continuar com o seu repertório habitual contra os cubános do contenente, contra os socialistas, contra os comunistas e contra a maçonaria internacional, já se viu forçado a dar a mão à palmatória. Sem outra saída, escreveu ao seu correlegionário primeiro-ministro, solicitando um plano de resgate. O que significa que a sua futura relação com os cubános do contenente será homóloga da destes com os patrões da troika. Por outras palavras, o governo do contenente vai garantir-lhe ajuda financeira, impondo-lhe em troca medidas de austeridade sem paralelo naquela região autónoma.
Em princípio, salvo pusilanimidade do contenente, os madeirenses vão finalmente perceber que ninguém dá nada a ninguém; que tudo tem a sua contrapartida. Situação bem diferente da actual, em que o governo madeirense (leia-se Alberto João) oferece tudo e mais alguma coisa, certo de haverá sempre quem pague, que não os madeirenses. Como não se sentem prejudicados ao nível da carteira, mesmo os insulares mais conscientes -que já há muito perceberam o jogo- têm até agora aproveitado e calado. Com as inevitáveis mudanças que se avizinham naquele abençoado rincão atlântico, previsivelmente não tardarão em dar a entender a Jardim que era bom, mas acabou-se.
Em simultâneo, no tal contenente, são cada vez mais os cidadãos, as empresas e as instituições, vítimas das medidas da troika, tornadas inevitáves pelo estado a que isto chegou, devido à renitência doentia de Sócrates. 24 municípios já admitiram estar à beira da falência, sem qualquer possibilidade de honrar a sua assinatura, que é como quem diz de cumprir os seus compromissos para com os credores. Entre eles a Trofa e a Nazaré. Nesta última autarquia, a dívida global ascende a 21 milhões de euros e as receitas anuais foram em 2010 de 11 milhões.
Em Tomar, tanto quanto se sabe -que nestas e noutras coisas e por estas paragens o segredo parece continuar a ser a alma do negócio- mesmo com a contabilidade criativa que permitiu apresentar para este ano um orçamento equilibrado acima de 60 milhões de euros, as dívidas já somam um montante entre 45 e 50 milhões de euros, a serem pagos por pouco mais de 35 milhões de receitas arrecadadas o ano passado...
Apesar de tal situação anómala, os senhores autarcas continuam unidos, mudos e firmes, quais habitantes da aldeia de Astérix, na véspera do combate contra as legiões romanas. Só que aqui, nas margens nabantinas, ninguém está a ver qual possa ser a poção mágica. Uma sentida oração a S. Miguel Relvas? E a Bíblia da Santa Troika?!?
Entretanto, cada vez mais preocupados, os residentes da velha nabância, que todavia não são todos assim tão nabos, continuam a aguardar solução para o mercado diário, o mercado semanal, o mercado abastecedor, o realojamento dos ciganos, o arranjo da Várzea Grande, o parque de campismo, o estádio, o bairro 1º de Maio, o rio, os 7 milhões à ParqT, o Convento de Santa Iria, o elefante branco da levada, o Palácio Alvim, ex-PSP local, e por aí adiante.
Estão à espera de quê? A mama acabou-se! Agora pensem, estudem, debatam, projectem, decidam! Trabalhem, que é para isso que são pagos! Com lampanas de circunstância ninguém se governa! Nem vocês, como a seu tempo se verá...
1 comentário:
A propósito de "Teia" e de "São" Aranhiço.
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Lidos este e o anterior posts e o comentário no último do Sr. João Gomes, que refere a existência de uma "Teia"... na cidade, não resisti a um comentário, visto que tenho para mim que a belíssima cidade de Tomar, há 20 anos a esta parte, vive aprisionada numa terrível Teia urdida e esticada ao limite à regão circundante, com extensões a outras consubstanciais por todo o país, actuando com eficiência tática e estratégica, atraindo espécies de insetos e parasitas de géneros de pragas que há séculos contaminam e corrompem o nosso país, pela sua propriedade mutante, adaptáveis a todos os ecossistemas...
O criador da Teia, que não é mortífera nem paralisante para esses micro-bichinhos, antes os engoda à sua Intendência, onde imaginam existir saborosas vitualhas, ameaça transformar-se em fatal veneno para Portugal, já que os prejuízos causados em Tomar são conhecidos - basta ler o Tomar a Dianteira!.
Tomar é o Centro das suas operações, cujo Comandante (a princípio insignificante Aranhiço), murmura-se, é ente ainda não bem estudado, mas pelo que vou sabendo, trata-se mesmo de um Aranhiço (não é aranha nem aranhão), que foi sujeito a um processo mutante após contacto com uma espécie rara altamente perigosa de terras exóticas tropicais. A comunidade "científica" despertou recentemente para o estudo do fenómeno, pesem embora alertas que vêm caíndo em saco roto, mas vão soltando revelações a esmo que exigem resoluta reação dos portugueses, em especial dos tomarenses, onde o dito Aranhiço descobriu um buraco...
A Besta em questão, porque de Besta se trata, desmascara-se a cada dia que passa. Os habituais estudiosos revelam ainda alguma incredulidade e hesitação; consta-se que da sua Intendência já se alimentaram ou esperavam alimentar-se alguns deles. Em Tomar, sua base de operações, criou uma rede de proteção, a cargo, diz-se, de alguns seguritas ou securitas (não sei bem como se escreve) e nesta fase são ainda muitos os candidatos a proteger a Lapa do Aranhiço Mutante, onde se planeiam e organizam presúrias que intimidam até a imprensa local e regional, e podem lançar Portugal numa terrível tragédia. Nenhum jornal assumiu ir sozinho ao alambor corrompido por engano... - já podem ver!
A Bestunta é mesmo capaz de envenenar Portugal e cabe aos tomarenses lançar-lhe cerrada caça. Badala-se que o próprio Governo de Portugal está a ser tomado por este Bicho venenoso e repugnante por mobilizar, organizar, alimentar e exercitar tais espécies para destruir Portugal.
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PS: Há tempos (já nem sei quando) li algures - terá sido no Tomar a Dianteira? - que havia facturas retardadas por contabilizar na sala de uma autarquia, e, se a memória não me falha, era a de Tomar (peço desculpa se estou equivocado). Consta-se que o Aranhiço a que me venho referindo, ao esticar a Teia em edifícios do Terreiro do Paço, aprisionou uns cerca de 700 papéis que julgou úteis para abrilhantar uma sessão divulgadora de substâncias letais. A papelada vinha presa aos seus quatro pares de patas, causando as mais vivas e frenéticas expetativas. A Pátria abanou, insetos e parasitas rejubilaram, e no final apurou-se que o ascoroso Aranhiço é um trafulha de primeira água, pois era coisa desajustada e falsa, capaz de ser fatal para os próprios insetos e parasitas, os quais, compreensivelmente, começam a pensar em irradicar os pêlos protetores dos seus quatro pares de patas para que morra na Teia que criou.
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