quinta-feira, 15 de setembro de 2011

2 comentários:

Anónimo disse...

O que este Post me inspirou....:

Tomar, pela sua história, património, beleza natural, posição geográfica privilegiada, merecia líderes locais mais ambiciosos em todas as áreas (e eles existem). Ainda hoje me impressiona o descalabro, só para dar um exemplo, das Fábricas Mendes Godinho, um grupo de vanguarda no setor empresarial português, nomeadamente na Exportação, detentor de um know how avançadíssimo para a época e de como foi possível não encontrarem uma saída airosa rumo ao futuro. Faltou, penso, intervenção política local à altura e houve (subjetividade minha) demasiados conluios ingénuos e de amiguismo no seio dos milhares de colaboradores e grupos de acionistas da Empresa. Uma história que não está ainda bem contada... Uma perda dramática, mas que deixou todos amigos e cúmplices...

Tenho comigo um livro editado em 1997 pelo Instituto Politécnico de Tomar, material de um Seminário realizado em 1997, "Um Olhar sobre Tomar" que, no meu juízo, era (e continua a ser) um excelente Documento de orientação para a ação, no qual se assinalam causas da perda de protagonismo do concelho e se vislumbram caminhos para o futuro.

No prefácio do livro "Um Olhar sobre Tomar", José Ribeiro Mendes, presidente da AMTomar de então, diz a certo passo: "Juntámos uma da mais importante «massa cinzenta» tomarense e demos um primeiro passo na congregação de uma força definidora e motora do salto qualitativo que Tomar precisa de dar".

Um dos intervenientes, Dr. Júlio Dias das Neves, por quem tenho estima e admiração especiais, disse:
"...sempre que aqui se fala de Tomar refere-se à cidade, com algumas excepções, ao seu concelho. Trata-se de um conceito muito limitado de Região, assente numa ideia errada de que, quando se expande um concelho para além dos seus limites, se entre nos limites de outra região".

E aponta, mais adiante, o que Tomar pode dar para o futuro:

"Pode dar a sua experiência e cultura industrial que, renovada, muito poderia contribuir para a definição industrial da região; pode dar a sua experiência e cultura de mercado nacionais e internacionais, produtos e mercadorias, e as respetivas cambiais; pode dar toda a actividade cultural que se traduz pela força das suas bandas filarmónicas, do seu folclore, do seu teatro, dos seus grupos musicais, dos seus poetas, dos seus cantores e dos seus grupos corais; pode dar uma longa experiência de ensino em todos os graus, culminada pela ação pedagógica e de formação superior dos seus alunos pelo I.P. de Tomar, com a implementação de toda esta região"
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UMA PROPOSTA MINHA DE SONHO....
Acrescentando ao que disse o Dr. Júlio Dias das Neves, a história, património, beleza natural, posição geográfica privilegiada de Tomar, dei comigo a semana passada, no regresso a Lisboa depois da Manif junto ao alambor, a majicar num objetivo de longo prazo para Tomar, que implicasse todas estes atributos e um caminho que os edificasse em obras concretas para alcandorar a cidade e concelho ao lugar que deixou fujir nestes 37 anos de democracia, por culpa, quase exclusiva, do poder político local:

. . . . C O N T I N U A

Anónimo disse...

.......C O N T I N U A Ç Ã O

TOMAR CAPITAL EUROPEIA DA CULTURA EM 2020 - NOVE ANOS PARA MODERNIZAR O CONCELHO TEMPLÁRIO

(Estive a fazer contas e talvez ainda cá esteja se deixar de fumar).

Não sei quais as condições e normas para tal candidatura. Andei à procura mas não encontrei nada esclarecedor. Não sei se a possibilidade de candidatura, mesmo conjuntamente com outra cidade média europeia, é ainda possível.

Imaginem o que um objetivo destes iria trazer a todos os setores de actividade de Tomar e à própria produção política local nos próximos anos!

Tomar precisa de um projeto de longo prazo. De outro modo, por engano..., dão cabo do alambor e descobrem na Levada património mais importante do que o que pretendem exibir no Museu. Sem um projeto de longo prazo, anda tudo às turras, anda tudo à procura de um tachito, de uma arrumação...

O que o meu Zézito tinha era isso mesmo: um projeto de longo prazo para Portugal, que devia começar a ser agora semeado. E isso vai contra os habitantes do Olimpo Lusitano.