quinta-feira, 6 de agosto de 2009

ANÁLISE DA IMPRENSA LOCAL E REGIONAL





Redacção de Tomar a dianteira
Colaboração CLIPNETO

Finalmente! Seja porque há jornalistas de férias, seja por qualquer outro motivo, o facto merece destaque. Pela primeira vez desde que publicamos esta análise, os jornais locais são esta semana nitidamente mais densos do que a imprensa regional. Melhor dizendo, do que O MIRANTE, visto que O RIBATEJO desde há muito que deixou de se interessar por Tomar. Apenas publica o que sobre a nossa cidade as agências lhe enviam. Convém, no entanto, ter bem presente que nos referimos a densidade e não a qualidade.
N'O MIRANTE, o que menos traz de Tomar desta vez, apenas dois textos subtis e requintados - o da primeira página, do lado esquerdo, sobre a exclusão de Miguel Relvas, e o da página 34, igualmente sobre Miguel Relvas. Como estas coisas acontecem! Naquele, medite-se no vocabulário escolhidíssimo "O carismático..." = com carisma = "dom gratuito, sobrenatural e passageiro, concedido por Deus ao homem, com vista à edificação da Igreja; dom natural acentuado, particularmente no domínio moral e religioso", diz o dicionário. Mas em contrapartida, "um dos principais saneados por Manuela Ferreira Leite" = afastados arbitrariamente, à maneira de 1975, à maneira do PREC, à maneira dos esquerdistas, à maneira dos comunistas, acto ditatorial ilegítimo. Está ou não bem achado? É que atrás de tempo, tempo virá, pelo que convém ir marcando terreno.
Já na página 34, com fotomontagem e tudo, o estilo é outro. Usa-se o humor, uma vez que, como é dito no cabeçalho, "Estas notícias são falsas, mas ninguém pode dizer que não são boas". Logo, ninguém pode levar a mal este título: "Miguel Relvas confirmado como cabeça de lista em Curitiba". Ninguém leva a mal, mas pelo menos um internauta já a "comeu" como verdadeira, conforme se pode ler no nosso Tomar a dianteira.
Muito mais sério, O TEMPLÁRIO publica uma extensa entrevista (duas páginas) com José Lebre, cabeça de lista dos independentes TPL, uma reportagem sobre um SDF (sem domicílio fixo), que gosta muito da nossa cidade, mas tem ido tomar banho a Torres Vedras, e uma outra entrevista com Filipa Carvalho, finalista do IPT, que conseguiu 19 valores no seu trabalho final sobre "Turismo para surdos em Portugal". Diz ela que no Convento de Cristo não há ninguém especializado em linguagem gestual. É certamente verdade, tal como também é verídico que o sistema de visitas actualmente existente naquele monumento é o ideal para surdos -não há visitas guiadas nem audioguias, pelo que, ser surdo ainda é o melhor remédio...
Algo decepcionante foi o que nos pareceu a entrevista do arquitecto José Lebre. Praticamente limitou-se a repetir aquilo que já constava no primeiro manifesto do movimento Tomar em primeiro lugar: Mudar a atitude dos autarcas e dos funcionários; criar condições para atraír investimento; fazer de Tomar um grande centro cultural de nível internacional. Conquanto adequado, é demasiado pouco. E poucos irão perceber, se não lhes demonstrarem como, quando, com meios humanos, com que meios materiais. Os cidadãos estão muito escaldados, e "gato escaldado de água fria tem medo..."
CIDADE DE TOMAR apresenta uma extensa entrevista (2 páginas) do vereador Carlos Carrão, chefe de redacção do jornal, antes de entrar em política., e declarações surpreendentes de Corvêlo de Sousa sobre o parque de campismo. Após seis anos de inactividade forçada do parque, e antes da anunciada reabertura, o actual presidente da edilidade, que foi o autor da proposta de encerramento, é peremptório -"O parque de campismo não volta a fechar, sem existirem alternativas à sua localização. Não ter um parque de campismo em Tomar é um absurdo." Sobre a aventada localização na Machuca, afirma que "não é uma hipótese, até porque não me parece boa ideia colocar os campistas num espaço seco como aquele." Vá lá!!! Levou seis anos para mudar de opinião, mas mais vale tarde que nunca!
Para os eleitores mais interessados pela política local, seria excelente que pudessem ler em paralelo as declarações de Carlos Carrão, no CIDADE DE TOMAR , e de José Lebre, n'O TEMPLÁRIO. Carrão fala da actual câmara de dentro para fora, enquanto José Lebre fala de fora para dentro. Tal diferença de perspectiva nota-se, e de que maneira. Apenas um exemplo: Lebre afirma que "O Dr. Corvêlo de Sousa...não soube assumir as suas responsabilidades, desculpando-se com políticas já anteriormente definidas. No que diz respeito à relação com os serviços da câmara municipal, o nunca ter sabido conquistar a sua confiança e não ter conseguido gerar um verdadeiro espírito de colaboração e de serviço. Qualquer equipa precisa de um treinador..." Já Carlos Carrão assegura que Corvêlo de Sousa "É indiscutivelmente o melhor de todos os candidatos a presidente de câmara que se apresentam às próximas eleições. Porque é o mais credível e o que está melhor preparado para os desafios que se colocam ao concelho nos próximos anos." O leitor está a ficar baralhado? Não é caso para tanto. Afinal podemos sempre adoptar aquela habilidade do velho político, que não respeitava as regras da língua pátria quando tal lhe convinha. Neste caso diria certamente, com ar profundo: "Um dos dois estão enganados!"

12 comentários:

Anónimo disse...

Mim não complende.

Quem não está engalado?

Anónimo disse...

Muito englaçado.

Dai não sabe poltuguês vai ver diconário e vê: carisma - Grande prestígio de uma personalidade excepcional, ascendente que exerce sobre outrem.

Cumo vocês se intendem?

Se não precisa traduzir mandarim fala com mim.

Anónimo disse...

Explica.

"algo decepcionante" quele dizer "absolutamente frustrante"?

Anónimo disse...

Mim não achal estranho que Carrão gosta Corvelo. Corvelo boa pessoa.

E herdeiros costuma gostar dos pais.

Anónimo disse...

Mim não sabe poltuguês.
Vocês gozar comigo falar "mim" e à beirota ou beirã ou láqué.

Não gozar qué feio.

Vai loja chinês. Produto barato.

(Aproveitar facer pulicidade!)

Sebastião Barros disse...

Dicionário da Língua Portuguesa, Porto Editora, página 272 - CARISMA

Anónimo disse...

Mim plecebe.

Carisma, também.

Carisma=Teol.Dom de graça, Dom do céu.

Novo Dicionário Compacto da Língua Portuguesa, de António de Morais Silva, Vol I, pág 486, Editorial Confluência,Ld.ª, 6ª edição, Fevereiro 1990, Edição compacta do texto fundamental do Grande Dicionário da Língua Portuguesa, segundo a 10.ª edição revista, muito aumentada e actualizada conforme as regras do Acordo Ortográfico Luso-Brasileiro de 10 de Agosto de 1945, por Augusto Moreno, Cardoso Juníor e José Pedro Machado aliviada da Etimologia, formas verbais e abonações constituindo o maior reportório de vocábulos da língua falada e escrita de Portugal e no Brasil.

Mim não sabele muito Poltuguês mas mim sabele copiale muito bem.

Anónimo disse...

O parque de campismo vai abrir tarde, já quase no fim da época. Não passa de um produto eleitoralista tão rasca quanto o foi a fonte cibernética do ex-presidente Paiva. É lamentável que o parque de campismo, contra cujo encerramento sempre fui e serei frontalmente contrário, seja utilizado para campanha política. Tenho muitas dúvidas que continue aberto após as eleições autárquicas. É um bem de equipamento que a cidade nunca deveria ter desprezado, e, antevendo desde já todas as desculpas que estão aí para chegar, não existe no concelho de Tomar melhor local para o implantar.
Nunca percebi qual a dificuldade dos "visionários" desta terra em conciliar turismo dito popular com o turismo de luxo, se é que alguma vez iremos ter turismo de luxo. Falta quase tudo nesta terra para atrair pessoas com alto poder de compra, desde uma boa restauração, passando pela vida nocturna, e até por uma melhor e mais diversificada oferta hoteleira.
Não vale a pena construir castelos no ar sem assentar os pés na terra e ponderarmos as hipóteses que temos e de que forma podemos viabilizar os nossos sonhos.
Acresce ainda o facto adicional de que temos que nos haver com os nossos vizinhos dos concelhos limítrofes. É bom não esquecer que a indústria do turismo está a tornar-se cada vez mais agressiva, exigindo dos agentes cada vez mais "engenho e arte" para se ser bem sucedido.

O FANTASMA DAS CUECAS ROTAS

Anónimo disse...

Concorda quase tudo com Fantasma das cuecas a precisar de ir ao chinês que tem cuecas bonitas e baratas para substituir as rotas.
Uma coisa não concorda.
o Palque de Campismo é claro qué arma de combate político. É vantagem quando gente vê oposição bramar contra encerramento nós ter possibilidade de ser favor reabertura. Mim chinês e não sabe muito de altaquia de Tomar mas pensa que Corvelo e Carrão ontem pensar, era bom abrir Campismo e pensar, mais tarde quando estiver quase campanha e telefona capataz: "Atrasa obra que vai chamar jornalistas para ver tá bem e ganha mais uma semana".

Anónimo disse...

Rebelo o internauta não "comeu" a "notícia" do Relvas deputado por Curitiba como verdadeira. Realçou que tal vinha no "Mirante cor-de-rosa", e aproveitou a força do adversário para "atacar"com coisas sérias. O Rebelo não foi professor de português? Não sabe a diferença entre espírito e letra? Então por que não entendeu?

Sebastião Barros disse...

Não entendi possivelmente porque a minha capacidade cabeçal não chegou para tanto. Nem todos podemos ser inteligentes fde primeira água. Ainda assim, ensinaram-me, (mas já lá vai tanto tempo que, se calhar as coisas já mudaram), que o que conta não é aquilo que as pessoas julgam que escrevem, mas sim aquilo que os outros lêem. Foi o caso.
Mas muito grato pela sua observação.

Anónimo disse...

...que esta coisa está a precisar de remoção do lixo, não há dúvida nenhuma!


atento