sábado, 27 de agosto de 2011

Bairro 1º de Maio - Uma pequena aldeia numa aldeia maior - 2

Foto 1- Aspecto do quintal de uma habitação devoluta.

Foto 2 - Outro aspecto do mesmo quintal.

Foto 3 - Um veículo estacionado há anos no mesmo sítio.

Foto 4 - Aspecto do logradouro de outra habitação sem inquilinos.

Foto 5 - Construções ilegais para todos os gostos nos quintais do bairro.

Foto 6 - Outro quintal com construções clandestinas.

Foto 7 - Terrenos confinantes com as ruas do bairro, há anos que não sabem o que é limpeza.

Foto 8 - Habitantes de prédios próximos do bairro aproveitam o deixa andar para mandarem fazer algumas construções curiosas, naturalmente sem projecto nem  licença.

Foto 9 - Mesmo no próprio bairro, há quintais de casas habitadas cuja limpeza não se pode dizer que seja muito esmerada.
Se, como já vimos por diversas vezes, a autarquia não respeita os tomarenses nem o património construído, mesmo que seja igualmente monumental e da humanidade, não é de estranhar o estado em que se encontra o Bairro 1º de Maio, património da municipal, cujo prazo de validade há muito que expirou. Por essa Europa fora, bairros inteiros de habitação social, edificados bem mais tarde, nos 60, 70 e 80 do século passado, já foram demolidos, dando lugar a outros mais, de acordo com a época que atravessamos em termos de condições de habitabilidade. Em Tomar, porém, mercê de um processo conhecido, preferiram-se obras supérfluas, de que são exemplo o Mouchão, a Várzea Pequena, o ex-estádio, o pavilhão, a ponte metálica as pretensas docas do Flecheiro, a Rotunda do paredão-mijatório, o caminho pedonal da mata e a casa do guarda, etc. etc. etc.
Entretanto no bairro, há gente que já não devia lá estar, casas devolutas, outras que servem de armazém, ou até de local para outras actividades que é melhor nem mencionar, no dizer de um morador dos antigos. As rendas são baixas? Pois são. Mas mesmo assim existe quem aproveite o tradicional e conhecido desleixo camarário para não pagar. E tudo indica que os senhores autarca que temos, não se tendo comovido com tais ninharias enquanto havia vacas gordas, agora que até as cadavéricas começam a ser raras, nem pensar nisso é bom.
Numa outra ponta da cidade, os moradores queixam-se do barulho e outros incidentes diurnos e nocturnos nos dois acampamentos ciganos, sem qualquer resultado. Falou-se a dada altura em realojar toda aquela população ex-nómada na Zona Industrial, uma palermice de todo o tamanho, que provocaria imediatamente acusações de "guetização", de racismo e de segregação, com a consequente devolução compulsiva dos fundos europeus. Atarantados com tal perspectiva, os nossos eleitos reagiram tal como aquando do encerramento do mercado pela ASAE e subsequente instalação da tenda/sauna: As coisas complicam-se? Vamos enfiar a cabeça na areia e esperar que tudo regresse à normalidade tomarense. E assim se mantêm. E assim nos mantemos. Mudos, quedos e aparentemente satisfeitos. Até quando?

1 comentário:

FUNICULIN disse...

As obras no Mouchão até ficaram com uma barraca que nunca teve qualquer utilidade a não ser para os cães mijarem, já que não conseguem mijar na boca dos seus donos. Mas agora a dita barraca já tem outra utilidade: é um depósito envidraçado com 100 cadeiras metálicas. Tudo isto com o conhecimentos das 7 estátuas mortas que imperam na Praça da República.