quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Política local cada vez mais peculiar...

A política tomarense está cada vez mais peculiar. De regresso de férias, Corvêlo de Sousa declarou à Rádio Hertz que não há qualquer atraso nos pagamentos ao empreiteiro da Rua de Coimbra, tendo os trabalhos sido suspensos apenas para férias do pessoal. Dado que o subempreiteiro dos lancis e calçadas continua a trabalhar no local, há qualquer coisa que não bate certo. Digo eu, mas devo estar enganado, como habitualmente.
Tudo normal portanto na área das adjudicações já feitas pelo município, que todavia não tem dinheiro para pagar os 20% que lhe cabem em cada uma delas: Mata, Envolvente ao Convento, Levada, Turismo Municipal, Rua de Coimbra e Estrada de Coimbra. Sendo certo que o executivo já aprovou por unanimidade a contratação de empréstimos para o efeito, na reunião do passado dia 4 do corrente, está por demonstrar que a Assembleia Municipal vote favoravelmente, tendo em conta os limites legais de endividamento, ou que a banca aceda ao pedido da autarquia. Aguardemos.
Outra vertente da política local que também deve ir sem sobressaltos de maior é a coligação local PSD/PS. Quando há quase dois anos se escreveu aqui tratar-se de algo bastante insólito, uma vez que nenhuma das partes tinha qualquer programa, ou sequer vontade de o mandar elaborar, choveram protestos e juras de que havia projectos sim senhor. Honrando o milenar adágio árabe, segundo o qual dando tempo ao tempo, ele nos dará todas as respostas, o vereador Luís Ferreira, um dos dois progenitores do estranho conúbio, num excerto de fina ironia cáustica que não se lhe conhecia, é de uma exemplar clareza: "Mais honesto [do que o governo actual] tem sido o PSD local, que nunca precisou de programa ou promessas para ganhar. E tem-se visto o que Tomar tem ganho com isso. Até a vila de Alpiarça, sede de um concelho rural ... ... ...nos ultrapassa em Índice de poder de compra." (vamosporaqui.blogspot.com "Os últimos cartuxos", 17/08/2011.)
Perante isto, três perguntas parecem indispensáveis: 1 - E o PS local, tem programa compatível com o PSD? 2 - Sendo assim, além das gamelas, o que impede os socialistas amancebados de romper a coligação? 3 - Sem programa, sem resultados favoráveis para apresentar, sem horizontes e sem a solidariedade dos seus parceiros de mancebia, além das gamelas, o que justifica os pelouros "a tempo inteiro" dos vereadores eleitos nas listas PS?

1 comentário:

Virgílio Lopes disse...

..."o vereador Luís Ferreira, um dos dois progenitores do estranho conúbio"...

Está implícito que o outro progenitor é o Sr. Ministro,então à rasca para não perder o lugar de presidente da A.M. ?

Verdade?