quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Principais temas da actualidade local e regional

Em altura de crise, que não há meio de deixar de se agravar, o grande tema da semana é sem dúvida a listagem das 100 maiores empresas do distrito. Sem criação de riqueza não há valor acrescentado para distribuir, pelo que sem empresas... Uma vez mais Tomar fica muito mal nesta fotografia, com apenas 2 empresas em 100. Trata-se da Ribacarnes (14º lugar), a lutar com grandes dificuldades para sobreviver e da Prado Karton (52º lugar), a sobrevivente das quatro existentes no século passado (Marianaia, Matrena, Porto de Cavaleiros e Companhia do Papel do Prado.

Para evitar longas explicações, segue-se um rascunho assaz elucidativo, que deve ser lido pela ordem seguinte: Nome do concelho,  total de empresas concelhias na lista das maiores 100 do distrito, maioria ou coligação que governa o município.
No caso de Tomar, estamos confrontados com um evidente ménage à trois, pois não consta que alguma vez o PSD tenha sido impedido de governar como entende por algum dos supostos opositores.
Outro grande tema da semana é a asfixia económica da ACITOFEBA, provocada pela debandada dos associados e pelo facto de alguns dos restantes não pagarem as cotas atempadamente. O problema já aqui foi abordado de forma mais detalhada, que terá desagradado a alguns, ainda habituados ao velho lema "o segredo é a alma do negócio". Acontece, contudo, que a política não deve ser um negócio e que os eleitores/contribuintes têm o direito de ser informados. A ACITOFEBA é uma entidade privada? Sem dúvida. Mas tem negócios com a autarquia, os quais envolvem dinheiro proveniente de impostos pagos por todos nós. Por conseguinte, haja transparência!

Outra questão sensível resulta da reunião camarária de 4 do corrente, na qual foi aprovada a contratação de empréstimo ou empréstimos, destinados ao pagamento da parte que cabe ao município nalgumas empreitadas, assunto que também já aqui foi abordado. Para que não se possa dizer com verdade que estou a "tocar de ouvido", vou requerer  à autarquia nabantina que me seja fornecida uma cópia completa da acta da citada reunião. Só depois voltarei ao tema, se for caso disso.
No semanário O TEMPLÁRIO há dois temas que me parece mereceram novos comentários. Trata-se da ida dos forcados tomarenses ao Campo Pequeno e do Festival de Estátuas Vivas. Em relação ao primeiro, lamento muito ter de ir contra a corrente, mas nas circunstâncias actuais não me parece correcto disponibilizar o autocarro da autarquia para a ida a uma manifestação comercial, por mais importante que seja. Ainda por cima quando se aproveita a referida ocorrência para destacar determinado eleito que assistia e que por mero acaso foi também quem disponibilizou o autocarro. Está tudo dito.

Já sobre as Estátuas Vivas, o problema é simultaneamente o mesmo e diferente. O mesmo, posto que se trata em ambos os casos de espatifar em boas causas dinheiro que a autarquia não tem, nem virá a ter tão cedo. Só não vê isto quem não quer, porque não lhe convém. 
Diferente, uma vez que, tal como na Festa dos Tabuleiros, se houvesse capacidade organizadora e audácia, seria possível conseguir valor acrescentado de que tanto carece o município, a exemplo do que aconteceu já este ano e uma vez mais, em Óbidos e em Santa Maria da Feira. A  tradicional casmurrice local, que tantos prejuízos nos tem causado, fará com que, como usualmente, haja grande contentamento porque vieram X pessoas, mais Y do que no ano passado. Tudo conversa mais ou menos fiada, porquanto ninguém conta os forasteiros, tarefa ingrata quando não há bilhetes à entrada.
Quando será que os tomarenses se convencem de que, com ou sem crise, o importante não é a quantidade de visitantes, mas o lucro realizado por quem organizou e financiou o evento?! O resto são tretas...custeadas pelos do costume. Haja saúde!

1 comentário:

Alfredo Guedes disse...

UM CROCODILO EM CASTELO DE BODE?

Quando na primeira notícia deste post vi o jovem scalabitano a esbracejar nas águas das Berlengas, lembrei-me daquele caso do crocodilo em Castelo de Bode!
Qual quê, qual nada! O bicho visto na dita Barrage é outro! Talvez se trate até do bicho-homem! Há quem afirme a pés juntos tratar-se do anterior primeiro-ministro, que por ali anda a banhos, em busca de águas mais respiráveis e puras! Todos concordarão que as águas de Castelo de Bode são bem mais puras do que as dos rios Sena e Marne, visto carregarem muita da trampa da cidade de Paris! É uma boa maneira por ele encontrada para assim fugir do conspurcado charco bafiento onde meteu a esmagadora maioria dos pobres e até boa parte da classe média deste País! Mas será isso mesmo verdade? Em minha muito modestíssima opinião, a confirmar-se esta hipótese, o perigo continua lá para as bandas de Castelo de Bode!