quarta-feira, 31 de agosto de 2011

UMA DESGRAÇA NUNCA VEM SÓ NEM POR MERO ACASO



Conforme testemunha a reprodução acima, três profissionais da informação local viram-se forçados a solicitar ao presidente da autarquia a organização de uma visita guiada às obras da edilidade, na Levada e na Estrada do Convento. E resolveram igualmente dar conhecimento do pedido aos restantes membros do executivo. Este documento vem provar que em Tomar, infelizmente, os jornalistas profissionais e até um ou outro amador, são impedidos de exercer os seus direitos de cidadania.
Traduzindo o documento, que por força das circunstâncias está escrito em "tomarês", um dialecto envergonhado, invertebrado e de meias-tintas, muito praticado por estas bandas para se poder governar a vidinha, o que se dá a entender é que o conclave municipal, na sua totalidade mas com especial responsabilidade para o seu presidente, em vez de zelar pelo cumprimento da Constituição, nomeadamente dos seus artigos 37º e 38º, procura por todos os meios ao seu alcance, incluindo os ilegais, cercear o direito à informação e, aos jornalistas, a sua liberdade profissional. Chegou-se até ao desplante de insinuar junto dos responsáveis pelas obras que devem procurar afastar quem tente fotografar ou obter informações. Como em tempo oportuno escrevi neste blogue, sou disso testemunha, pois fui ameaçado de forma velada. Cuidei na altura que seria por não possuir carteira profissional nem trabalhar para um jornal. Verifico agora com bastante mágoa que afinal se trata de uma deliberada política de silenciamento, que sempre acontece quando se está a caminhar paulatinamente para uma ditadura de facto. 
Quando gente escolhida em eleições livres começa a trair de forma deliberada a Lei Fundamental do país, que é de cumprimento obrigatório para todos, mais ainda quando se trate de profissionais do foro, resta-lhes apresentar a renúncia aos cargos, uma vez que estão a enganar quem neles confiou, ao não fazerem o que disseram, nem dizerem o que fazem, ou sequer consentirem que se procure saber.
Quanto à Assembleia Municipal, ou reage energicamente e em tempo útil, exigindo que o executivo ou mude de comportamento ou saia, ou então não se vê o que possam estar lá a fazer.
Com a petição nacional para salvar o alambor templário já nas trezentas assinaturas, em pouco mais de três dias, começamos a ser alvo da chacota dos nossos compatriotas de outras paragens. Saberemos finalmente reagir? Ou até gostamos de ser representados por gente incapaz de se adaptar aos novos tempos, que procura camuflar a sua inépcia e falta de envergadura com o silenciamento forçado? Uma desgraça nunca vem só. Nem surge por mero acaso. O  tempo acaba sempre por responder a todas as perguntas. Mesmo às mais incómodas.

1 comentário:

Virgílio Lopes disse...

Diz ANTÓNIO REBELO :


..."Quanto à Assembleia Municipal, ou reage energicamente e em tempo útil, exigindo que o executivo ou mude de comportamento ou saia, ou então não se vê o que possam estar lá a fazer"...


..."O tempo acaba sempre por responder a todas as perguntas. Mesmo às mais incómodas."

E É VERDADE!

E JÁ É VERDADE - HÁ MUITOS ANOS - NO QUE AO DESCALABRO DA GESTÃO CAMARÁRIA DIZ RESPEITO.

CERTO?