quinta-feira, 4 de agosto de 2011

PRINCIPAIS TEMAS DA ACTUALIDADE LOCAL



Nota prévia:
Inesperadamente, recebeu-se em Tomar a dianteira um mail de O MIRANTE, um semanário sediado na Chamusca, acusando-nos de usar cópias de notícias suas, por vezes sem sequer citar a origem e intimando-nos a usar unicamente os títulos e o link para o site respectivo, sob pena de procedimento judicial. Acrescentava até que devíamos eliminar todo o material antes publicado, proveniente do citado título.
Nesta circunstância, cabe referir três coisas: 1 - É falso que alguma vez se tenha copiado material noticioso seja de que periódico for, sem citar a respectiva origem; 2 - Num país cuja Constituição garante o direito à informação, a informar e a ser informado, "tudo isto é triste, tudo isto é fado"; 3 - Aproveita-se o ensejo para mudar completamente o figurino da usual Análise da imprensa, que passa a chamar-se "Principais temas da actualidade local"; 4 - Seguindo o exemplo do governo, que pretende ir mais além do que aquilo que impõe a troika, também aqui se fará mais do que o solicitado pelo referido semanário. Doravante, até que o seu director ou proprietário nos autorize por escrito a usar o seu material noticioso sem limite, nunca mais aqui se mencionará sequer o título em questão. Agora digam lá se não somos bonzinhos...

 A CAUSA DOS PRINCIPAIS PROBLEMAS TOMARENSES

Foram quatro os principais temas que durante esta semana andaram de boca em boca aqui em Tomar: A - A bronca do mercado provisório; B - As obras do futuro Elefante Branco da Levada; C - O fracasso do projecto da Quinta das Avessadas; D - Coisas estranhas no programa "Olhar Tomar".
Em síntese, o problema da tenda/mercado agrava-se singularmente nesta época estival, havendo já referências a 48 graus centígrados, o que afasta os compradores, molesta os comerciantes e acelera a deterioração dos produtos. Apesar disso, os comerciantes lamentam-se, mas aguentam estoicamente; os tomarense fingem que não é nada com eles e os senhores autarcas continuam mentalmente prisioneiros do sonho louco do fórum, a edificar e explorar por privados. De nada adianta repetir-lhes que o tempo das vacas gordas acabou de vez, não havendo agora nem orçamento, nem investidores nem mercado potencial para tal extravagância. Continuarão a aguardar melhores dias...e sobretudo cada fim de mês, até 2013. O pior é depois. Se não fossem medularmente obstinados, não seriam bons tomarenses.
No caso do futuro Elefante Branco da Levada, quem segue de perto a evolução do processo, desde o início que aguardava a todo o momento a suspensão dos trabalhos, por falta de elementos fundamentais a fornecer pela autarquia. Autarquia que exige a qualquer particular, mesmo modesto, um custoso projecto "com todos", para qualquer obra mais complexa, mas aceitou que se iniciasse um projecto de milhões, sabendo muito bem que o mesmo não está completo, nem para lá caminha. O executivo fala a torto e a direito do complexo museológico da Levada, mas na realidade não sabe como fazê-lo, não admite a sua ignorância, nem fornece os elementos indispensáveis à elaboração das partes que faltam. Daí a interrupção sine dia da obra...
No seu estilo habitual, Pedro Marques referiu um dia destes em plena reunião de câmara que o fracasso das Avessadas deriva de sucessivos incumprimentos do proprietário, acrescentando que, visto haver documentos assinados, a actual maioria relativa deve instá-lo a honrar os compromissos assumidos. Dias mais tarde, Luís Alvelos, o proprietário em questão vem esclarecer, no Cidade de Tomar, que afinal o primeiro a não cumprir foi o próprio Pedro Marques, ao tempo presidente da edilidade tomarense, a que se seguiram muitas outras falhas por parte dos seus sucessores.
Finalmente, a cegada do programa Olhar Tomar, já anteriormente "descascada" em Tomar a dianteira e agora  noticiada por ambos os semanários locais, evidencia o estado caótico em que se encontra a administração autárquica, com uma multiplicidade de "quintais", cada um com o seu normativo próprio, como se vivêssemos numa república das bananas...ou num quartel português da zona de Lisboa, entre Março e Novembro de 1975.
Nestas quatro tragédias locais, que seriam tragicomédias, não fora o facto de custarem milhões ao erário público, que o mesmo é dizer a todos os contribuintes, só os deliberadamente cegos ainda não viram que a actual maioria autárquica PSD/PS, em vez de ser um dos motores do desenvolvimento local, um facilitador, um agregador de boas vontades, se transformou num peso morto, num trambolho sem préstimo, num órgão que só complica e desmotiva, na causa próxima ou remota dos mais graves problemas tomarenses. Quando será que a população conseguirá entender isto e agir em consequência?

1 comentário:

Pedro A. disse...

Dr Rebelo, a juntar à broncas da semana registe também o anúncio da venda de uns "avos" do resort dos Pegões.
Quem na Câmara dá informações sobre o resort é o sr Carrão ou o dr Sousa e fica-se a saber que os "prazos para a obra estão em aberto". E esta, hem?