Convém ir avisando, para que mais tarde não apareçam os habituais pássaros de bisnau a afirmar, com ar angelical, que não sabiam de nada, por falta de informação atempada.
Os três quadros acima foram copiados do Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses - 2009, publicado pela CTOC - Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas. Mostram portanto a situação em Dezembro do mesmo ano. De então para cá, muita água passou já sob as pontes nabantinas, nem sempre tão pura e cristaçlina como seria desejável...
O primeiro quadro dá uma ideia da situação comparada do munícipio no que se refere a dívida bancária. Se em 2009 a situação já não era nada brilhante, em 2011...Ainda há pouco o executivo aprovou por unanimidade mais um empréstimo para pagamento de obras em curso ou já concluídas, que tudo indica não irá conseguir. Com efeito, um dirigente da Associação Nacional de Municípios Portugueses declarou ontem à imprensa que "desde Fevereiro deste ano, a banca deixou de emprestar dinheiro às autarquias." Presume-se que o citado cidadão e dirigente eleito saberá certamente o que está a dizer.
O quadro seguinte põe em evidência aqueles municípios onde é mais gritante a imaginação orçamental. Onde procurando iludir eleitos da oposição e cidadãos em geral, se indicam valores a cobrar, exageradamente superiores aos expectáveis. Em Tomar têm sido especialistas na matéria: nunca cobraram mais de 36 milhões de euros, mas continuam a mencionar receitas superiores a 65 milhões. É a megalomania nabantina, que permite, entre outras coisas, camuflar a exagerada percentagem dos vencimentos e mordomias na despesa global.
O último quadro indica que, apesar de os tomarenses pagarem a água de acordo com um dos tarifários mais elevados do país; apesar de os SMAS aproveitarem outras empreitadas, pagas com fundos europeus, para irem renovando a rede de água e esgotos; mesmo assim "A cadela não pode com tanto cão". Porque será?
Cadela demasiado fraca? Ou cachorros a mais?
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