Abundância no nosso conceituado e anónimo colega Nabantia. Oito postes, oito!, de uma só vez, é obra ! Nem nós, aqui no Tomar a dianteira, lá conseguimos chegar. Questão de idade, provavelmente.
Usando uma linguagem a um tempo acerada e acelerada, Nabântia analisa com muita pertinência, parece-nos, o resultado eleitoral de cada uma das listas concorrentes ao município tomarense. Genericamente, estamos de acordo com todas elas, excepto com a referente ao PS, se calhar por questões que têm mais a ver com o coração que com a razão. E daí, vá-se lá saber ! Em todo o caso, isso é certo, nada de pessoal ou de espírito de retaliação. Antes o desejo franco de contribuir para evitar futuros naufrágios do mesmo tipo.
O problema fundamental com a lista socialista foi o mesmo que com todas as outras dotadas de real base eleitoral -a manifesta inadequação às circunstâncias difíceis em que estamos mergulhados, quer assim queiramos ou não. Como é geralmente sabido, em tudo na vida e sobretudo na política, o que conta não é só o homem, o candidato, mas ele e a sua circunstância. Quando não há adequação entre os dois, o eleitorado nota instintivamente a incoerência e tende a afastar-se com pezinhos de lã. Numa analogia imagética, para facilitar. Todos estamos habituados à normalidade, a uma determinada normalidade. Em relação a tudo o que nos rodeia. Assim, se em plena canícula nos surge alguém envergando um pesado sobretudo, estranhamos logo e apodamos o original de pelo menos extravagante. Na mesma linha, quando nos dias frios de inverno topamos com respeitáveis cidadãos usando camisas de manga curta, murmuramos imediatamente, para com os nossos botões -estes turistas nórdicos...
Foi um pouco essa anormalidade que ocorreu nas margens do Nabão. O eleitorado, preocupado com o manifesto declínio da sua adorada terra, teve o reflexo usual em tais circunstâncias -prudência e poupança e conservadorismo. Pareceu-lhe algo despropositado as diferentes candidaturas proporem obras e mais obras, realizações mais realizações, sem todavia nunca referirem onde iriam buscar os recursos para as edificarem e, sobretudo, para as manterem em funcionamento. Baralhado, absteve-se ou votou nos do costume. Porque assim como assim, antes os já conhecidos. Os que estão são o que são. Os outros, Deus sabe !
No caso preciso do PS, pode dizer-se que José Vitorino foi humilde, trabalhador e abnegado durante meses, o que de pouco ou nada lhe valeu. O essencial era ter percebido, na devida altura, que as circunstâncias não estariam com ele nos momentos cruciais. E isso ele não intuiu, apesar de lhe ter sido dito e repetido a tempo e a horas. Conseguiu apenas mais 600 votos que Carlos Silva em 2005, o que é manifestamente parco, quando se tem em linha de conta que o agora ex-vereador foi adversário de António Paiva e José Vitorino de Corvêlo de Sousa. Isto para já não abordar a questão sempre delicada do estatuto pessoal de cada um dos derrotados socialistas. E depois persiste sem explicação aquela diferença para menos de 260 votos em relação à Assembleia Municipal, que deve ter qualquer significado.
Em resumo e para não alongar demasiado, o tempo e a circunstância, tanto de Vitorino como dos outros candidatos, salvo quiçá uma ou outra excepção, já foram. Agora restar-lhes-á, em futuras consultas eleitorais, dar a vez aos seguintes. Regra geral, o povo detesta reposições com o mesmo actor e o mesmo cenário. Até Mário Soares, um dos pais do regime em que estamos, já passou por essa amarga experiência.
Usando uma linguagem a um tempo acerada e acelerada, Nabântia analisa com muita pertinência, parece-nos, o resultado eleitoral de cada uma das listas concorrentes ao município tomarense. Genericamente, estamos de acordo com todas elas, excepto com a referente ao PS, se calhar por questões que têm mais a ver com o coração que com a razão. E daí, vá-se lá saber ! Em todo o caso, isso é certo, nada de pessoal ou de espírito de retaliação. Antes o desejo franco de contribuir para evitar futuros naufrágios do mesmo tipo.
O problema fundamental com a lista socialista foi o mesmo que com todas as outras dotadas de real base eleitoral -a manifesta inadequação às circunstâncias difíceis em que estamos mergulhados, quer assim queiramos ou não. Como é geralmente sabido, em tudo na vida e sobretudo na política, o que conta não é só o homem, o candidato, mas ele e a sua circunstância. Quando não há adequação entre os dois, o eleitorado nota instintivamente a incoerência e tende a afastar-se com pezinhos de lã. Numa analogia imagética, para facilitar. Todos estamos habituados à normalidade, a uma determinada normalidade. Em relação a tudo o que nos rodeia. Assim, se em plena canícula nos surge alguém envergando um pesado sobretudo, estranhamos logo e apodamos o original de pelo menos extravagante. Na mesma linha, quando nos dias frios de inverno topamos com respeitáveis cidadãos usando camisas de manga curta, murmuramos imediatamente, para com os nossos botões -estes turistas nórdicos...
Foi um pouco essa anormalidade que ocorreu nas margens do Nabão. O eleitorado, preocupado com o manifesto declínio da sua adorada terra, teve o reflexo usual em tais circunstâncias -prudência e poupança e conservadorismo. Pareceu-lhe algo despropositado as diferentes candidaturas proporem obras e mais obras, realizações mais realizações, sem todavia nunca referirem onde iriam buscar os recursos para as edificarem e, sobretudo, para as manterem em funcionamento. Baralhado, absteve-se ou votou nos do costume. Porque assim como assim, antes os já conhecidos. Os que estão são o que são. Os outros, Deus sabe !
No caso preciso do PS, pode dizer-se que José Vitorino foi humilde, trabalhador e abnegado durante meses, o que de pouco ou nada lhe valeu. O essencial era ter percebido, na devida altura, que as circunstâncias não estariam com ele nos momentos cruciais. E isso ele não intuiu, apesar de lhe ter sido dito e repetido a tempo e a horas. Conseguiu apenas mais 600 votos que Carlos Silva em 2005, o que é manifestamente parco, quando se tem em linha de conta que o agora ex-vereador foi adversário de António Paiva e José Vitorino de Corvêlo de Sousa. Isto para já não abordar a questão sempre delicada do estatuto pessoal de cada um dos derrotados socialistas. E depois persiste sem explicação aquela diferença para menos de 260 votos em relação à Assembleia Municipal, que deve ter qualquer significado.
Em resumo e para não alongar demasiado, o tempo e a circunstância, tanto de Vitorino como dos outros candidatos, salvo quiçá uma ou outra excepção, já foram. Agora restar-lhes-á, em futuras consultas eleitorais, dar a vez aos seguintes. Regra geral, o povo detesta reposições com o mesmo actor e o mesmo cenário. Até Mário Soares, um dos pais do regime em que estamos, já passou por essa amarga experiência.
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