quarta-feira, 7 de outubro de 2009

INSÓLITOS TOMARENSES 6

Está cada vez mais linda a nova rampa de acesso ao mercado, proporcionada pela actual autarquia, graças às obras da Ponte do Flecheiro. Reparem os leitores que até dá para cadeiras de rodas (a motor, naturalmente) e já dispõe de canteiros, devidamente cuidados, de ambos os lados. Quanto ao piso ecológico, é uma verdadeira maravilha. A provar que a actual maioria se preocupa realmente com os munícipes-eleitores-cidadãos-contribuintes-utentes. Até nem sei o que tem impedido os candidatos de virem fazer campanha eleitoral exactamente para aqui. Nem sequer os do Bloco, a quem normalmente pouco ou nada escapa.

Outro aspecto muito bucólico das obras do Flecheiro. Neste caso, é de toda a justiça realçar o aspecto cuidado da vegetação, de ambos os lados da pista, perdão!, da ciclovia. Ou será uma pedovia ? Ou ambas ? Ao fundo, o magnífico açude, quase todo ecológico e biodegradável, cujas árvores crescem a olhos vistos. E aqui temos uma situação complicada. Por um lado, convinha que não houvesse cheias tão cedo, para podermos observar até onde crescerão as árvores e a restante vegetação. Por outro lado, enquanto não houver uma cheia das graúdas, que naturalmente arrastará tudo aquilo rio abaixo, continuaremos a ignorar qual a real utilidade do paredão da vergonha.

Bem informou a câmara que as obras da empreitada da Ponte do Flecheiro estariam concluídas o mais tardar em Abril. Seis meses depois, continua por acabar o terreiro ao redor da Torre Sineira de Santa Maria dos Olivais. Qual ou quais os motivos ? Ninguém sabe e a autarquia, tão pronta a anunciar isto e mais aquilo em grandes e caríssimos suportes, nada diz.
Na foto, um aspecto até agora habilmente escamoteado. Provavelmente por erros de cálculo quanto ao nível do solo, houve necessidade de "descalçar" grande parte das fundações (ou alicerces) da referida torre. Uma construção com mais de oitocentos anos. Se tem sido um particular a atentar de forma tão bárbara contra o património, já estaria a esta hora a contas com embargos, coimas, raios e coriscos. Tratando-se de obras por conta da autarquia, que devia dar o exemplo, "no pasa nada", como dizem os nossos irmãos castelhanos. E a crise continua...

1 comentário:

Antonio Santos disse...

Em cheio, na oportunidade e na necessidade.
Viva a 5ª coluna mais a sua perspicacia.