INSÓLITOS TOMARENSES 2

Deixemo-nos de rodeios hipócritas. A árvore está seca, é verdade, mas ainda assim o quadro é lindo. Com abundância de cores fortes e seus respectivos matizes. E nota-se progresso, inovação, vontade de encontrar soluções, atiranço para a frente ! Uma vez que ninguém quer passar a vida a limpar sanitários, apesar de se tratar de actividade honesta e devidamente remunerada, com férias, segurança social, 13º e 14º mês, e tudo; nada melhor que sanitários portáteis e, para a autarquia, descartáveis. Assim está o problema resolvido. E matam-se pelo menos dois coelhos com uma só cajadada. Por um lado, os da oposição já não poderão dizer, respeitando a verdade, que há falta de casas de banho, designadamente no jardim da Várzea Pequena, onde um nosso conterrâneo continua a usá-las como habitação, após insólita ocupação, ditada pela necessidade. Por outro lado, sempre vamos exportando qualquer coisinha, neste caso uma pequeníssima parte do esterco que produzimos. Fica-nos bem cara semelhante exportação ?! Paciência ! Não se pode ganhar em todos os tabuleiros !

Sai certamente mais caro. Trata-se, todavia, do modelo mais recente. Com janelas de arejamento e tudo, conforme se pode ver na fotografia. Assim, dada a localização escolhida, aquando de cada utilização, os eventuais ocupantes dos bancos vizinhos, não só terão direito ao som como igualmente ao cheiro. Coisa que ainda nem no cinema se consegue. Por enquanto !

Pena é que ambas as instalações sejam para utentes do sexo masculimo, pelo menos de acordo com o logotipo à direita de cada porta. Mas também, que importância tem isso ? É apenas um pequeno detalhe sem importância. As senhoras mais recatadas até poderão ir aliviar-se atrás dos arbustos, ali mesmo ao lado. E quem ficará a ganhar é o jardim.

Resta dizer que, abertas as portas, o espectáculo é repelente. Na cabine da direita até encontrei umas cuecas no chão... Masculinas, pois com certeza !