O artigo que se passa a transcrever implica um curto esclarecimento prévio, para a sua melhor compreensão. Aqui vai: Em Portugal vivemos uma situação única na Europa, que baralha os jornalistas estrangeiros -aparentemente temos dois partidos social-democratas; o PS e o PSD. Na verdade e de acordo com a realidade, só o PS tem tentado (na medida do possível, num país pobre e com maus hábitos), praticar alguma social-democracia. O PSD usa essa designação, mas trata-se unicamente de mera usurpação com fins eleitoralistas, numa formação que é de facto liberal, grupo onde de resto está incluído no Parlamento Europeu.
"SOCIAIS-DEMOCRATAS SUECOS FAZEM CAMPANHA...A FAVOR DO AUMENTO DOS IMPOSTOS"
"Mais do que quaisquer outros, os países nórdicos sabem que devem o seu elevado bem-estar a um pesada fiscalidade. Detêm até o record mundial nessa área e já assimilaram desde há muito que uma coisa não funciona sem a outra.
Pagar impostos bastante elevados constitui de resto para a maior parte deles um acto de civismo, podendo afirmar-se sem exagero que até o fazem com orgulho. Não se consegue uma sociedade como a nossa, que é a mais perfeita do mundo, sem alguns sacrifícios, afirmam com ar naturalmente convicto e satisfeito. O que não impede, antes facilita debates, tensões e interrogações.
Excepto a Noruega, que passou pela crise sem a sentir graças aos seus hidrocarburantes, bem como a Islândia, que deve a sua sobrevivência à ajuda internacional, a Suécia, a Dinamarca e a Finlância confrontam-se com uma delicada questão fiscal. Após anos e anos de excedentes orçamentais, os três países, todos governados por coligações de direita, aproximam-se de 2010 com défices significativos: 10,7 biliões de euros na Suécia, 11,5 biliões na Dinamarca e 12,9 biliões na Finlândia.
Apesar disso, os respectivos governos têm a intenção de baixar os impostos sobre o rendimento (IRS) no próximo ano. Na Suécia, a prevista redução incidirá sobre os rendimentos dos reformados e dos empregados por conta de outrem, bem como sobre as obrigações sociais dos trabalhadores independentes. O primeiro-ministro conservador continua assim fiel ao tema que lhe abriu as portas da governação em 2006: agir sempre de modo a que valha a pena trabalhar.
Na Dinamarca, o IRS deverá baixar para os escalões da base e para os do topo, enquanto na Finlândia todos os contribuintes deverão vir a ser beneficiados. Porém, nestes dois países, os respectivos governos vão aumentar outras formas de imposto. Na Dinamarca, o IMI e a contribuição predial poderão aumentar cerca de 7%, segundo os municípios. As chamadas taxas verdes sobre a energia consumida vão igualmente continuar a subir.
Na Finlândia é o IVA que será aumentado, passando de 22 para 23%, em média (20% em Portugal). Enquanto o IVA dos restaurantes baixa de 22 para 13% (5% em Portugal), o que incide sobre a alimentação aumenta de 12 para 13%, e de 8 para 9% sobre os livros, viagens, prestações médicas ou culturais. O país vai introduzir igualmente um imposto suplementar sobre as guloseimas e subir o que já incide sobre as bebidas açucaradas.
Se em ambos os países a oposição social-democrata aprova tais opções fiscais, ao mesmo tempo que propõe impostos mais pesados sobre os altos rendimentos e sobre as empresas, na Suécia os projectos fiscais do governo desencadearam um debate bastante aceso. Dentro de um ano exactamente, os suecos vão votar para renovar o parlamento. Até lá, o desemprego terá duplicado em relação a 2006, quando afinal a direita tinha usado o emprego como cavalo de batalha.
Acossado pela proximidade das eleições, o governo não prevê qualquer aumento dos impostos, preferindo recorrer aos empréstimos, o que lhe tem valido críticas ferozes da oposição, que considera irresponsável contrair dívida pública para baixar os impostos sobre o rendimento.
No início do mês passado, os sociais-democratas anunciaram, numa tribuna escrita, a sua intenção, caso vençam as eleições em 2010, de reintroduzir o imposto sobre as fortunas, de instituir uma taxa sobre os alojamentos de luxo e de aumentar o IRS. Segundo afirmam, é o único caminho susceptível de garantir a qualidade do ensino público e do sistema de saúde.
Fazer campanha com um tal programa, parece bastante arriscado. Mas os sociais-democratas apostam que os suecos saberão reconhecer tais medidas como uma atitude responsável em tempo de crise grave."
Olivier Truc - Le Monde -Estocolmo -Suécia
Tradução e adaptação de António Rebelo
4 comentários:
Está tudo bem, mas em Portugal trabalha-se de maneira diferente.A nossa cultura social é muito diferente dos países nórdicos,todos eles vêm de uma maneira diferente de estar e pensar, e chamavam-lhes bárbaros, mas isso ensinou-os á sobrevivência numa sociedade comum, onde ninguém sobrevivia sem a comunhão de uns dos outros, por isso a sua capacidade de resolução e manutenção dos seus territórios, rápida e eficás. Nós por cá, deram-nos um território que espandimos para sul sem quase olhar para o lado, isto para não ficar-mos mal com o vizinho, mas acontece que se dá o inverso. Depois disso, criamos classes sociais sempre com o proposito de "chular" o elo mais fraco (povo), e isto nunca mais teve emenda nem com a implantação da républica.
Isto serve para dizer que a classe social desses países é una e se paga impostos será para uma manutenção do seu modo de vida boa e estável, por cá mesmo que subamos os impostos só algumas classes usofruem desses rendimentos, quanto mais houver dinheiro mais se gasta e ponto final.
Também a escrever com tantos erros quer o quê? Quer que tenhamos menos patetas nos nossos 90.000 km quadrados? Francamente... oh "Pensamentos soltos" vá para a escola, pá!
Finalmente, algum que consegue ler tudo o que escrevo,o minha abóbora, os erros seriam um bom teste para ficares atento, pá
O maior prazer de um homem inteligente é armar-se em pateta perante os idiotas que se julgam inteligentes.
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