
Conforme se pode observar no gráfico, tem sido geral a diminuição da população residente, excepto nos concelhos de Benavente, Cartaxo, Entroncamento, Ourém e Barquinha. Se em relação aos dois primeiros o motivo de atracção é Lisboa e o novo aeroporto, no caso do Entroncamento e, sobretudo, da Barquinha, trata-se de casos evidentes de "arrabaldização" forçada. Incapazes de custear alojamentos dignos, próximos dos locais de trabalho, os trabalhadores por conta de outrem vão-se mudando para onde a habitação é mais barata e os transportes mais económicos, próximos e rápidos.
Já no caso de Ourém, a questão parece ser outra e ter muito a ver com Fátima e a proximidade das zonas industriais da coroa de Leiria.
De qualquer forma, ficar-se pelos movimentos populacionais é algo redutor quando não se tem em conta a mãe de todos os problemas humanos -a economia.


Vão-nos dizer que entretanto a situação melhorou, pois até já se pagaram as dívidas não bancárias. Nada mais falso ! A situação piorou e muito, porque pagar dívidas contraíndo novas dívidas à banca, aumenta consideravelmente os juros, e qualquer beócio o consegue fazer sem a menor dificuldade. Por conseguinte, tudo indica que, em 2009, cujos dados ainda não são do domínio público, mas não tardam, as coisas estão bem longe da tranquilidade.
No final daquele ano de 2006, já o chamado "serviço da dívida" consumia 3 milhões 526 mil euros anuais em Santarém e 2 milhões 472 mil euros anuais em Tomar. Ao conquistar a câmara scalabitana ao PS, Moita Flores viu-se logo a seguir na triste condição de ter de mendigar, junto da EDP, o pagamento antecipado das rendas dos próximos 25 anos. Foi a única forma engenhosa que encontraram para tentar saír do atoleiro, apesar de terem 63.630 residentes, contra apenas 41.951 em Tomar.
Quando a já popularmente designada "coligação das gamelas" encontrar ânimo para, (finalmente !) enfrentar a triste realidade económico-financeira da autarquia tomarense, vai ser o bom e o bonito. Ai vai vai ! E não podem esperar muito mais tempo, que o bicho autárquico tem um apetite fora do comum, pelo que, a partir de determinada altura, já nada haverá a fazer, a não ser solicitar a tutela governamental e os respectivos administradores, que são implacáveis. Para jardinistas já basta a Madeira !
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