sexta-feira, 30 de outubro de 2009

TOMAR CIDADE DE TURISMO

A fotografia acima documenta o notável esforço camarário para manter as estradas à volta do monumento ao Soldado Desconhecido de acordo com as normas da época. Reparem os leitores que até consegue dar a quem por ali passa a ideia de que a 1ª guerra mundial foi na véspera e naquele local. Pelo menos o alcatrão ainda mostra a série de crateras provocadas pelas granadas e outros estilhaços. Um apelo aos serviços de turismo, tanto aos municipais como à Entidade de Lisboa e Vale do Tejo -incluam já mais esta atracção nos roteiros do turismo cultural ! Não é todos os dias que se tem a oportunidade de apreciar " in situ" como eram as estradas portuguesas antes da 2ª guerra mundial. Ou como ficam depois de uma renhida batalha, com muitos rebentamentos. Ou após vários anos de desmazelo camarário !


A parte norte do convento de S. Francisco continua a degradar-se desde há anos e anos. Anteriormente quartel de Infantaria 15, o conjunto foi depois doado à Câmara, no tempo das vacas gordas. Era então presidente Amândio Murta, que logo resolveu "vender" toda a parte agora a degradar-se à irmandade de S. Francisco. Por 150 contos. E aqui aparecem dois problemas. Por um lado, ainda recentemente ali foi colocado um telhado novo, ao que tudo indica com dinheiros do orçamento de estado. A que título ? Por outro lado, temos procurado debalde (o que não significa que o assunto tenha metido água, mas apenas debalde = sem sucesso) obter junto da edilidade os livros de actas que incluam a referida doação e a citada venda. Porquê tanta dificuldade ?



Aqui temos mais um local aprazível e encantador (ia a escrever "charmant", por causa do "hotel de charme", mas fica a aguardar melhor oportunidade), frente ao Convento de S. Francisco, em plena zona urbana da cidade. Tudo ali é uma maravilha. Com destaque para a conservação e a limpeza. Deve ser por falta de pessoal de limpeza. Realmente, uma câmara de um concelho de 40 mil habitantes com apenas 500 funcionários (um funcionário para 80 habitantes), é sem sombra de dúvida uma verdadeira miséria. Além de obrigar a maior parte dos citados servidores da função pública municipal tomarense a múltiplas tarefas realmente extenuantes. Há que tomar providências. Quanto antes.

2 comentários:

Rui Ferreira disse...

Boa malha!! Bem visto, coisas chatas, em liugares que obviamente são notadas pelos turistas que nos demandam...
Curiosamente referem-se a 3 "universos" diferentes:
- a manutenção viária, que a Edilidade tem de algum modo abrandado, na cidade... as freguesias votam, sobretudo, no alcatrão;
- O impasse do Convento de S. Francisco (parte "privada")... noutra localidade, se calhar aquilo já estaria expropriado a favor do uso público... digo eu;
- A limpeza das áreas verdes, nomeadamente nas áreas mais remotas, é difícil de executar com pouco pessoal, mas SOBRETUDO, com logística do tempo da Maria Cachucha. Os equipamentos de apoio, bancos, papeleiras,,etc, deverão ser consumidos pelos fungos, antes de serem substituídos...assim parece o caso da foto.

Pensamentos soltos disse...

Eu fico admirado com algumas vozes que se levantam sobre o estado de degradação que se encontra vários pontos da cidade, mas será que ninguem quer ver, ignora o que vê, faz de conta que não vê, não quer saber porque não é dele, não se preocupa porque não é de cá, ou então dá o alerta mas ninguem lhe liga, parece ser o caso um de muitos por sinal.