quinta-feira, 1 de outubro de 2009

ANÁLISE DA IMPRENSA LOCAL E REGIONAL

Redacção de Tomar a dianteira

Colaboração de PAPELARIA CLIPNETO

Hoje abrimos com o CIDADE DE TOMAR, o decano (Nada de má-língua! Decano significa o mais idoso, o mais antigo. Não tem nada a ver com interpretações do tipo cano, canalizador, canalizado e quejandos. Que fique claro!) Desejamos manter a cordialidade que desde há muitos anos nos liga ao amigo e conterrâneo António Madureira.
Pretendemos apenas chamar a atenção do leitor para a peculiar estrutura frásica do seu alambicado terceiro parágrafo. Outrossim para a sua evidente, enternecedora e excessiva modéstia. Casos destes são assaz raros na urbe gualdina, tendendo até a extinguir-se, razão mais do que suficiente -se outras se não perfilassem- para a nossa chamada de atenção, praticamente como pórtico da análise desta semana. O leitor tirará as conclusões que lhe parecem mais ajustadas à realidade envolvente.
Outra curiosidade assaz rara, mas que neste caso se vai tornando cada vez mais corriqueira, é-nos fornecida pelo conceituado semanário ribatejano O MIRANTE. No suplemento dedicado às próximas autárquicas de 11 do corrente, os seus profissionais parece não terem sido suficientemente ponderados. Na entrada referente a Tomar, acima reproduzida, naturalmente com os nossos agradecimentos e a devida vénia ao autor, ou autores, há pelo menos três "deslizes". O primeiro, logo na ordem alfabética, que foi usada para a paginação respectiva. Porquê Tomar após Torres Novas ? Então TOM não é grafema anterior a TOR, ou mesmo TON ? Ou por essas bandas da redacção até já opera quem não domina a usual sequência alfabética ? A segunda gralha é a troca da fotografia de António Carlos Godinho, o candidato do BE, pela do seu mandatário Carlos Trincão, manifestamente muito mais cabeludo. Terceira e última (?) falha acidental, o vereador Carrão é Carlos Manuel de Oliveira, e não António, como figura no texto.
É evidente que tais lapsos em nada prejudicam o cabal entendimento da peça, aliás estruturalmente muito bem feita. Poderá, porém, vir a dar-se o caso de alguns leitores mais cabecinhas pensadoras chegarem à conclusão de que "cesteiro que faz um cesto, também faz um cento", e daí concluírem que a informação veiculada pelo respeitado O MIRANTE afinal...

O grande destaque desta semana, para além como é óbvio da campanha eleitoral, vai para o título do TEMPLÁRIO supra reproduzido. Desde logo porque se trata de previsível "rombo" superior a oito milhões de euros, numas finanças autárquicas já excessivamente depauperadas. A seguir, porque estamos perante uma situação previsível desde há meses e que tenderá a agravar-se com o tempo. Quanto mais tarde, mais caro ficará aos contribuintes. Em terceiro lugar, devido ao facto, igualmente manifesto, de que a câmara se arrisca a ter de pagar e ficar sem concessionário, caso entretanto não consiga encontrar uma solução amigável e conveniente para ambas as partes.
Desde há meses de sobreaviso, vamos ser claros na nossa posição sobre tal matéria. Qualquer que venha a ser a força política vencedora das próximas autárquicas, continuará a haver, como sempre houve, um conjunto de grandes problemas que só poderão ser resolvidos de forma satisfatória mediante prévio acordo de todos, ou pelo menos da maioria dos grupos representados tanto no Executivo como na Assembleia Municipal. Este é um deles. Oxalá quem vencer o próximo escrutínio tenha estaleca suficiente para ousar dialogar com todos.
Nós temos um projecto englobante para Tomar, conforme aqui vem sendo escrito, desde Novembro do ano passado. Nesse projecto há uma hipótese de solução (que é simultaneamente uma saída airosa e aliciante para ambos os contendores) para este complexo dossier. Dado que não pretendemos beneficiar à priori qualquer dos candidatos, mas nos aflige sobremaneira a situação em que nos encontramos e as sombrias perspectivas que nos aguardam, propomos que, uma vez empossados a próxima AM e o próximo executivo, nos seja dada a possibilidade de expormos perante ambos, ou somente na presença dos vereadores, o esqueleto do nosso projecto, naturalmente sujeito a aperfeiçoamentos provenientes das várias discussões, bem como a uma natural adaptação quase permanente à evolução do contexto local, regional e nacional. Aqui fica a oferta, com apenas uma condição -que ninguém tente "sacar" as ideias (do tipo "tirar nabos da púcara") e depois votar contra o projecto, para mais tarde as apresentar como criações pessoais. Redundaria num verdadeiro desastre, porque afinal os pais capazes ainda são os mais competentes para tutelar o crescimento e a educação dos filhos... e o passado recente de quase todos os actores implicados não pode, de modo algum, ser classificado de brilhante. Basta constatar os resultados. Por isso...

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